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Política
Sexta - 15 de Julho de 2011 às 11:59
Por: Laura Nabuco

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As investigações da Polícia Civil em busca de funcionários fantasmas na Câmara de Várzea Grande parecem não ser uma preocupação para o presidente da Casa, Antônio Pedroso de Barros, o Maninho (DEM). O democrata adiantou que não pretende punir nenhum vereador, mesmo que fique comprovado que algum deles desviava dinheiro do Legislativo. "Não tem necessidade da Câmara fazer nada. O próprio TRE decide se vai tirar ou não o mandato deles", avalia.

O presidente afirmou ainda que já solicitou à polícia que devolva os documentos originais que foram apreendidos no início de junho. Na ocasião, os delegados Rogério Modelli e Lindomar Tófolli, levaram dezenas de caixas da sede da Câmara com registros das folhas de pagamento desde 2009. A apreensão só foi realizada porque o então presidente, João Madureira (PSC), não havia dado resposta ao pedido da Justiça de encaminhar as cópias à Promotoria.

Agora Maninho pede que os documentos sejam devolvidos. Segundo ele, alguns precisam ser atualizados constantemente e encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para fiscalização. "Não digo para interromper a investigação, eles podem fazer cópias e mandar os originais de volta", pondera o democrata.

Além de determinar o recolhimento das folhas de pagamento da Casa, a Justiça encaminhou no final do mês passado uma intimação para que todos os vereadores apresentassem a relação dos funcionários que têm lotados em seus gabinetes. Até agora nenhum resultado da apuração foi divulgado, conforme Maninho.

O caso é investigado desde maio. Entre os fantasmas estariam Percília Isabel Figueiredo Neta e Maria Vanuza da Silva, ambas supostamente lotadas no gabinete da vereadora licenciada Isabela Guimarães (DEM). O republicano Wanderley Cerqueira também é alvo das investigações. O "fantasma" encontrado em seu gabinete é conhecido como Sérginho Carismático. Ele, supostamente, atuava “simultaneamente” no gabinete do ex-presidente da Câmara e no da ex-deputada estadual Vilma Moreira.

A Justiça ainda avalia se outros parlamentares também cometeram o mesmo crime. Além da cassação dos diplomas, eles podem responder pelo crime de peculato. A pena pode chegar até 12 anos de prisão.





Fonte: RD News

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