TRE que cuide dos vereadores que empregam fantasmas, diz Maninho
As investigações da Polícia Civil em busca de funcionários fantasmas na Câmara de Várzea Grande parecem não ser uma preocupação para o presidente da Casa, Antônio Pedroso de Barros, o Maninho (DEM). O democrata adiantou que não pretende punir nenhum vereador, mesmo que fique comprovado que algum deles desviava dinheiro do Legislativo. "Não tem necessidade da Câmara fazer nada. O próprio TRE decide se vai tirar ou não o mandato deles", avalia.
O presidente afirmou ainda que já solicitou à polícia que devolva os documentos originais que foram apreendidos no início de junho. Na ocasião, os delegados Rogério Modelli e Lindomar Tófolli, levaram dezenas de caixas da sede da Câmara com registros das folhas de pagamento desde 2009. A apreensão só foi realizada porque o então presidente, João Madureira (PSC), não havia dado resposta ao pedido da Justiça de encaminhar as cópias à Promotoria.
Agora Maninho pede que os documentos sejam devolvidos. Segundo ele, alguns precisam ser atualizados constantemente e encaminhados ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para fiscalização. "Não digo para interromper a investigação, eles podem fazer cópias e mandar os originais de volta", pondera o democrata.
Além de determinar o recolhimento das folhas de pagamento da Casa, a Justiça encaminhou no final do mês passado uma intimação para que todos os vereadores apresentassem a relação dos funcionários que têm lotados em seus gabinetes. Até agora nenhum resultado da apuração foi divulgado, conforme Maninho.
O caso é investigado desde maio. Entre os fantasmas estariam Percília Isabel Figueiredo Neta e Maria Vanuza da Silva, ambas supostamente lotadas no gabinete da vereadora licenciada Isabela Guimarães (DEM). O republicano Wanderley Cerqueira também é alvo das investigações. O "fantasma" encontrado em seu gabinete é conhecido como Sérginho Carismático. Ele, supostamente, atuava “simultaneamente” no gabinete do ex-presidente da Câmara e no da ex-deputada estadual Vilma Moreira.
A Justiça ainda avalia se outros parlamentares também cometeram o mesmo crime. Além da cassação dos diplomas, eles podem responder pelo crime de peculato. A pena pode chegar até 12 anos de prisão.
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