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Política
Sexta - 15 de Julho de 2011 às 20:20

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O presidente venezuelano, Hugo Chávez,deve retornar a Cuba para dar prosseguimento ao tratamento contra o câncer, contrariando as expectativas de que ele viria ao Brasil para tratamento no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

O líder venezuelano solicitou à Assembleia Nacional a permissão para ir a Cuba neste sábado para continuar o tratamento. Chávez fez um anúncio em frente ao palácio Miraflores, após se despedir do presidente peruano, Olanta Humalla, com quem havia se reunido mais cedo.

Miraflores Palace/Reuters
Hugo Chávez fala com o Conselho de Ministros
Hugo Chávez fala com o Conselho de Ministros, em Caracas

Pela Constitituição venezuelana, a maioria dos deputados deve autorizar viagens do presidente ao exterior que durem mais que 5 dias.

No texto, lido ao lado das filhas mais velhas, Chávez afirmou que em Havana seguirá com o cronograma médico traçado pelos "médicos da vida", que inclui quimioterapia.

Mais cedo nesta sexta-feira, o Hospital Sírio-Libanês de São Paulo havia informado que esperava a "confirmação do paciente" para iniciar o tratamento do câncer de Chávez.

"Existe um contato entre o hospital e o governo venezuelano, mas sem a confirmação do paciente ou de sua família não há nada oficial e por isso estamos esperando essa confirmação do paciente para planejar seu tratamento", declarou à agência Efe um porta-voz do hospital.

O tratamento no Sírio-Libanês foi abordado ontem em uma rápida e sigilosa visita a Brasília do chanceler venezuelano, Nicolás Maduro.

O governo brasileiro não confirmou a viagem-relâmpago de Maduro mas, segundo a imprensa, o chanceler visitou a presidente Dilma Rousseff e se reuniu com o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

Na quarta-feira (13), Chávez havia dito em Caracas que os médicos não descartavam que uma futura "terceira etapa" de seu tratamento seja radioterapia ou quimioterapia para "atacar forte" o que possa ter restado do câncer que foi operado recentemente em Cuba.

Prestes a completar 57 anos, o presidente venezuelano havia agradecido a Dilma na semana passada, por telefone, a oferta para se tratar no Brasil e comentou que "avaliaria" a oferta.

OUTROS TEMAS

Nesta sexta-feira, Chávez não mencionou a doença nem o tratamento médico nas primeiras mensagens enviadas pela manhã por meio do Twitter.

O presidente optou por saudar a população, convocar a sociedade pela luta por ideias e dar boas-vindas ao presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, em visita a Caracas.

"Olá, mundo pátrio. Glória ao bravo povo. A jornada começa nesta sexta-feira, 15 de julho. Eu mantenho a minha escalada e o meu novo regresso", disse o presidente, na sua mensagem, enviada por volta das 6 horas. "Em frente com a batalha de ideias em defesa do valor supremo da verdade", acrescentou ele.

Depois da sequência de mensagens, em entrevista por telefone à emissora estatal de televisão, TVN, Chávez anunciou que vai liberar recursos para o projeto de construção no Parque Bolívar conhecido como o La Carlota. O local tem área de 174 hectares. Ele disse que o objetivo é transformar o parque em um centro cultural.

Também, na entrevista à TVN, Chávez disse que quer acelerar o processo de transformação do sistema penitenciário em centros de treinamento. Segundo ele, a ideia é acabar com as máfias e curar o que chamou de "câncer social" existente nas prisões. 






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