Empresas de moda e acessórios ampliam negócios na internet
Exemplo dessa tendência é a Dafiti, fundada por três sócios europeus e um brasileiro, com aporte de US$ 10 milhões da incubadora de projetos alemã Rocket Island.
Oriundos de empresas financeiras, como Boston Consulting Group e JP Morgan, os sócios Malte Horeyseck, Malte Huffmann, Thibaud Lecuyer e Philipp Povel resolveram apostar as fichas no Brasil no início do ano.
"Não seguimos o conceito de outlet. Nossos preços são cheios", diz Lecuyer. A empresa já conta com uma média diária de 250 mil acessos.
Segundo os proprietários da Dafiti, a ideia é atingir 1 milhão de visitas diárias até o final do ano. O Mercado Livre tem média diária de 5 milhões de acesso.
De olho no mercado de luxo, os empresários Isaac Duek, fundador das marcas Triton e Forum, e Ricardo Bellino, pretendem inaugurar até março de 2012 a WWW (What We Wear).
O projeto está na fase de captação de recursos -a intenção é arrecadar R$ 30 milhões para iniciar a operação.
"A WWW será um shopping virtual de marcas premium", diz Duek. "Em vez de sermos um ponto de escoamento das grandes grifes mundiais, queremos valorizar nossas marcas e exportá-las, além de atender clientes locais."
A paulistana TuA Loja, situada nos Jardins, em São Paulo, tem apenas uma unidade. No entanto, a possibilidade de ampliar a clientela levou o dono do estabelecimento, Flávio Filardi, a planejar o início de uma operação virtual.
"Vários de nossos clientes são de fora. Com a loja virtual, poderemos atendê-los continuamente", diz Filardi, Ele pretende colocar o site no ar até setembro.
LÍDERES
O mercado está tão aquecido que ainda há espaço para empolgação de nomes mais consolidados, como as líderes do setor Privalia e a BrandsClub.
A Privalia espera que o Brasil seja seu principal mercado até 2012, com faturamento de cerca de R$ 200 milhões. Com 4,2 milhões de clientes cadastrados, o BrandsClub estima faturar R$ 170 milhões em 2011, com 1,5 milhão de peças vendidas.
"O grande problema é a falta de padronização da modelagem das roupas", diz Silvio Laban, professor do Insper. Segundo a e-bit, especializada em varejo on-line, o faturamento do setor atingiu R$ 740 milhões em 2010.
Nos EUA, moda e acessórios são o segundo item mais vendido pela internet, segundo a Nielsen. No Brasil, a categoria ficou em sexto lugar.
Comentários