Jayme e Taques assinam CPI para investigar suposto mensalão do PR

Os senadores mato-grossenses Jayme Campos (DEM) e Pedro Taques (PDT) já assinaram o requerimento para abrir uma CPI que busca apurar possíveis irregularidades dentro do ministério dos Transportes, sob o comando do PR. Eles integram a lista de 23 parlamentares que aderiram ao movimento liderado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL– AP), que pretende investigar a existência de pagamento de propinas a republicanos dentro da pasta.

 

Desde o início do escândalo, após divulgação de reportagem da revista Veja, todos os dias dezenas de denúncias surgem. Neste final de semana, por exemplo, a IstoÉ coloca em “xeque” a atuação técnica do novo ministro dos Transportes Paulo Sérgio Passos, que autorizou a liberação de R$ 78 milhões, em créditos suplementares, a empresas que tocavam três grandes obras com problemas junto ao TCU.

 

Curiosamente, as empreiteiras figuram como doadoras de campanha dos republicanos, como é o caso da Sanches Tripoloni, que destinou R$ 2,5 milhões ao comitê do PR, sendo R$ 500 mil para o senador Blairo Maggi (PR). “Todas as denúncias precisam ser investigadas, mas quero crer que essas doações foram feitas dentro da legalidade”, pondera Jayme.

 

Segundo ele, muitos senadores ficaram insatisfeitos com os esclarecimentos do diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, que está de férias forçadas. “Como as informações eram muito técnicas, eles entendem que pareceu combinado com o governo federal”, ressalta Jayme, que evitou tecer críticas ao mato-grossense.