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Nilton de Britto, aliado de Pagot, entra na "lista da degola"; ele já foi acusado de integrar suposto esquema
Chefe do DNIT em Mato Grosso deve ser demitido
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Mato Grosso, Nilton de Britto, está na relação de degola do Ministério dos Transportes. Sua demissão entrou na lista da "faxina geral" que a presidente Dilma Rousseff determinou ao ministro Paulo Sérgio Passos, conforme revela a edição deste sábado (16) da Folha de S. Paulo.
Na esteira da demissão, ontem (15), do "boy" Frederico Augusto de Oliveira Dias, conhecido por Fred, e do diretor-executivo da autarquia, José Henrique Sadok, o Governo, segundo o jornal, já tem uma lista com outros nomes a serem substituídos.
"Pessoas próximas ao ministro Paulo Sérgio Passos (Transportes) afirmam que a lista grifa nomes das superintendências de Mato Grosso e do Paraná, além de diretorias e coordenadorias do DNIT em Brasília", diz a reportagem.
O jornal lembra que o surgimento de novas suspeitas de corrupção e tráfico de influência aprofundou a crise no Ministério dos Transportes, iniciada há duas semanas, e obrigou o Palácio do Planalto a demitir mais dois no DNIT.
A presidente Dilma Rousseff trabalha para manter o episódio restrito à pasta dos Transportes, tentando afastar a crise do Planalto, diz a Folha.
Até agora, seis já foram afastados do Ministério dos Transportes - entre eles, o então ministro Alfredo Nascimento. O diretor-geral do DNIT, o mato-grossense Luiz Antonio Pagot, está formalmente de férias, mas também deve ser afastado ao retornar, conforme a presidente Dilma avisou à base aliada no Senado e na Câmara Federal, na quarta-feira (13).
"Esquema" do DNIT
Em janeiro passado, numa entrevista exclusiva ao MidiaNews, o empresário Luis Francisco Félix, o "Kaxito", acusou o diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antônio Pagot, e o superintendente da autarquia em Mato Grosso, Nilton de Britto, de arquitetarem um "esquema" contra a sua construtora, a Conspavi Pavimentação Ltda., responsável pelas obras do Rodoanel em Cuiabá.
Segundo ele, Pagot e Britto queriam cancelar o contrato com a Conspavi e repassá-lo a uma empreiteira "do esquema" do DNIT. "Eles quererem licitar a obra novamente e dar para um de seus comparsas. Há uns dois anos, inclusive, eu fui chamado pelo próprio Pagot, em seu gabinete no DNIT, para conversar sobre a liberação de recursos para o Rodoanel. Na ocasião, ele pediu para eu pagar uma dívida de R$ 600 mil de seu irmão, José Carlos Pagot, em algumas factorings de Cuiabá. É óbvio que eu não aceitei. Aliás, nunca aceitei entrar em esquemas", afirmou o empreiteiro, em entrevista no dia 27 de janeiro.
Em seguida ao encontro com Pagot, Kaxito afirmou que foi procurado pelo engenheiro Rui Barbosa Egual, então superintendente do DNIT no Estado.
"Ele pediu para eu passar todas as obras correntes e de drenagem, bueiros, viadutos e pontes para a Engeponte Construções, que é do irmão de Nilton. Não tenho dúvidas de que Pagot e Britto querem as obras do Rodoanel", disse Kaixito.
Fonte:
Midia News
URL Fonte: https://arenapolisnews.com.br/noticia/59888/visualizar/
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