Poços tubulares beneficiam cerca de 4.000 famílias no Estado
O Governo do Estado, por meio da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), atua com a perfuração e montagem de poços tubulares em todo o Estado. Os 96 poços distribuídos em mais de 30 municípios beneficiam cerca de 4.000 famílias residentes em comunidades rurais e assentamentos das proximidades. Os números são de 2010 e 2011. A Metamat é vinculada a Secretaria de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme).
“Quando recebemos o pedido, uma equipe de técnicos se desloca até o local para averiguar a real necessidade e condições. Geralmente são solicitações que partem da sociedade organizada e de assentamentos, como as comunidades rurais com lotes em torno de 25 hectares que comercializam produtos em feiras. A maior parte, no entanto, (90%) é de assentamentos”, explicou o diretor técnico da Metamat, o geólogo Wilce Aquino de Figueiredo, ao citar comunidades de Bulhões e Limoeiro, na região de Cáceres.
Este ano já são 41 poços, 20 deles considerados minipoços (30 metros) estão em fase de perfuração na região de Alta Floresta. Representam aproximadamente 7.500 m perfurados. Diferente dos mini, os poços tubulares tem normalmente 100 m de profundidade, como um deles no parque de exposição de Aripuanã. Mas existem casos de perfuração que chegam a mais de 500 metros sem encontrar água.
Os poços tubulares não são poços artesianos. “No jargão popular se adotou o termo artesiano, mas não são. O poço artesiano tem característica diferente, ele jorra água naturalmente na perfuração. No caso dos tubulares, não jorram. Depende da geologia”.
Recursos
A Metamat dispõe de recursos da Fonte 109, contemplada com a Lei do CFEM (Compensação Financeira Pela Exploração Mineral), instituída em março de 1990 e outra Lei de Dezembro de 2005, a CFURH (Compensação Financeira Pela Utilização de Recursos Hídricos).
Como existem muitas solicitações, o recurso é insuficiente. “Na medida em que entram recursos a gente vai executando. Não temos um cronograma de ação nesse sentido, não dá para afirmar que em 2011 vamos abrir um número exato de poços tubulares”, disse Wilce.
Ao contrário do que se imagina o diâmetro de um poço tubular é relativamente pequeno (cerca de 15 cm) mas seu benefício é exatamente como sua profundidade, ultrapassa os limites. Para perfurar um poço tubular na baixada cuiabana, por exemplo, o custo chega a R$ 30 mil. Na região de Sinop, como a geologia é diferenciada, esse valor sobe para R$ 56 mil (100m). Já o minipoço, fica em torno de R$ 4.500,00.
Regiões beneficiadas a partir de 2010
Cuiabá e Várzea Grande estão entre os municípios beneficiados com poços perfurados. No caso da Capital, são 18. Os demais municípios são Acorizal, Alta Floresta, Nobres, Mirassol D"Oeste, Juscimeira, Novo São Joaquim, Comodoro, Vale do São Domingos, Cotriguaçu, Santo Antonio do Leverger, Nova Lacerda, Sinop, Guiratinga, General Carneiro, Barão de Melgaço, Nova Brasilândia, Vila Bela da Santíssima Trindade, São Félix do Araguaia, Nova Xavantina, Pontal do Araguaia, Tangará da Serra, Cáceres, Nova Olímpia, Jaciara, Aripuanã, Peixoto de Azevedo, Rondonópolis, Poxoréo, Campinápolis e Ribeirão Cascalheira.
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