Advogado vai esperar denúncia

O advogado do ex-cabo Hércules Araújo Agostinho, Jorge Godoy, aguarda a denúncia do Ministério Público para avaliar o caso. Ele destaca que atualmente todos os crimes que não têm solução, atribuem a autoria ao seu cliente.

Godoy é também defensor de Adeir de Souza Guedes Filho e destaca que nos autos não existem provas de que o homem tenha qualquer ligação com o crime. O advogado comenta que várias pessoas foram denunciadas antes de Filho, lembrando que ele foi reconhecido por meio de uma fotografia.

"O rapaz que fez o reconhecimento disse, na época do crime, que não tinha como saber quem havia atirado nele e nos amigos. Três anos depois, mostram uma fotografia para ele e ocorre o reconhecimento", conta o defensor se referindo a Edilson Alves Ferreira Júnior, que conseguiu fugir do assassino.

No dia dos homicídios, os rapazes haviam ingerido grande quantidade de drogas, como era de costume entre os frequentadores do Beco do Candeeiro.

Para Godoy, não haveria como o rapaz fazer o reconhecimento.

Ele destaca ainda que a denúncia contra Filho "acabou com a vida de um homem". E agora, novas informações tentam atribuir o crime a Hércules.

O crime - Conforme denúncia do MP, por volta das 20h, os jovens Adileu Santos, Edgar Arruda, Reginaldo dias Magalhães e Júnior conversavam no Beco do Candeeiro, no Centro de Cuiabá, quando foram surpreendidos por vários tiros.

Relatos da Associação dos Familiares das Vítimas de Violência (AFVV) são que os rapazes estavam sentados na calçada. Adileu foi o primeiro a ser morto. Na sequência, Reginaldo, que se encontrava também sentado a poucos centímetros de Adileu, foi atingido. Ele chegou a ser encaminhado ao Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. Mesmo vendo a morte dos colegas, Edgar ficou imóvel e foi atingido na cabeça. Edilson estava distante alguns metros, do outro lado da rua, e viu que seria vítima do pistoleiro, quando começou a correr. Contra ele, foram desferiu 4 tiros, mas nenhum o acertou. (RF)