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Cidades
Domingo - 17 de Julho de 2011 às 09:49

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Ao completar 13 anos de impunidade da Chacina do Beco do Candeeiro, as mães Rosa Dias dos Santos, 62, e Maria dos Santos Silva, 62, ainda aguardam por Justiça e se mostram inconformadas com o descaso do Poder Público em solucionar o caso.

Para Maria, mãe de Adileu dos Santos, 13, a falta de interesse até mesmo em descobrir quem teria matado o filho ocorre porque trata-se de família pobre. "Tenho certeza que se fosse o filho de um juiz, promotor, ou qualquer outra pessoa importante já teriam tomado uma providência".

A frustração com o assassinato do filho caçula e a falta de solução para o crime fizeram a mulher mudar de Cuiabá. Desde a morte, ela foi embora para Cáceres por se sentir decepcionada com a Polícia e Justiça da Capital. "Sou cuiabana, passei a vida toda trabalhando por esta terra. Depois acontece tudo isso e ninguém faz nada?"

Ainda hoje ela lamenta a morte do caçula, que estaria com 26 anos e poderia ajudá-la. Maria afirma que Adileu era bom menino, estudava, inteligente e carinhoso. "Meu filho poderia estar cuidando de mim. Sou viúva, sozinha".

Quanto ao surgimento do nome do ex-cabo Hércules Araújo Agostinho, como assassino, Maria lembra que nunca se falou no assunto. "Cada hora é um nome novo. Ainda espero Justiça, porque ela não falha. Se não for a dos homens, vai ser a Deus. Dessa ninguém escapa".

Assim como Maria, Rosa espera Justiça pela morte do filho Reginaldo Magalhães, que hoje teria 30 anos. Ela revela que é muito doído ver que ninguém se preocupou de fato em descobrir o que aconteceu naquela noite. "Não sabem nem quem matou, mas tenho esperança que um dia seja solucionado".

Rosa lembra que o filho não estudava, não trabalhava e vivia nas ruas. Ela lamenta Reginaldo ter seguido este caminho, que não era o planejado. "Quando a gente gera um filho não planeja isso para ele. Queremos coisas boas, mas não sei o que aconteceu".

Na semana passada, as mães das vítimas da Chacina do Beco do Candeeiro celebraram uma missa para lembrar os 13 anos das mortes. (RF)





Fonte: A Gazeta

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