China diz que encontro de Obama e dalai-lama danifica relações
O governo chinês criticou duramente neste domingo a atitude do presidente americano, Barack Obama, de ter recebido na véspera o líder espiritual tibetano dalai-lama, na Casa Branca. O governo chinês afirmou que o encontro danifica as relações entre os dois países.
"Tal ato representa uma grave intervenção nos assuntos internos da China, fere os sentimentos do povo chinês e danifica as relações sino-americanas", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Ma Zhaoxu, em um comunicado citado pela agência oficial Nova China.
A reunião de Obama com dalai-lama foi realizada no sábado com grande discrição, longe do Salão Oval da Casa Branca, onde os presidentes norte-americanos recebem tradicionalmente os líderes mundiais.
Dalai-lama está nos EUA para um ritual budista de 11 dias.
Pequim considera o dalai-lama um "separatista" que busca a independência do Tibete e protesta cada vez que ele é recebido por dirigentes estrangeiros. O dalai-lama nega e diz querer apenas autonomia ao povo tibetano.
"Pedimos aos Estados Unidos que considerem seriamente a posição da China, que tome providências imediatas para eliminar as possíveis consequências, que parem de intervir nos assuntos internos da China e deixem de cooperar e respaldar as forças separatistas que buscam a independência do Tibete", declarou Ma.
A China já havia pedido no sábado para que Obama desistisse de receber o tibetano, alertando que poderia ferir as relações bilaterais.
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