Execução de empresária pode ter relação com o tráfico de drogas
A execução da empresária boliviana Cyntia Lijeron Gomez, 32 anos, pode ter relação com tráfico de drogas. Esta é uma das linhas das investigações do inquérito presidido pelo delegado Juliano Silva de Carvalho, da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf). Em novembro de 2003, Cyntia foi presa em flagrante com 48,8 quilos de cocaína em Americana (SP).
Ela e o marido já falecido há dois meses- o agropecuarista Carlos Alberto Simões Junior – eram investigados por trazer cocaína da Bolívia para venda em São Paulo. Carlos tinha prisão decretada e era procurado pela Polícia Federal. A causa da morte dele foi por infecção generalizada e morreu na fazenda dele no Pantanal
Cyntia foi assassinada no dia 11 de julho, por volta das 22 horas, quando chegava em casa, na Vila Aurora, região nobre de Rondonópolis. Ela era proprietária das franquias Cone Pizza e Café do Ponto, no Rondon Plaza Shopping. Dois bandidos em uma motocicleta a mataram na frente das duas filhas de Cyntia de seis e oito anos. A mãe dela que estava no carro levou um tiro de raspão.
Os suspeitos pediram à vítima um envelope transparente a também a sua bolsa. Após ela entregar, perguntaram o seu nome. Em seguida, efetuaram quatro disparos e três atingiram a empresária na cabeça e no tórax.
Ela estava há menos de três meses na cidade. “Da forma que ela foi abordada, os bandidos perguntando nome tudo leva a crer ter sido uma execução, um crime encomendado. Posso adiantar que não tem nada de máfia de cobrança. Mas não descarto a hipótese do roubo seguido de morte”, disse o delegado.
Execuções de mulheres
No dia 30 de junho, a empresária Sandra Regina Gatay Pacheco Dib, de 37 anos, foi assassinada com dois tiros na nuca quando parou em um semáforo em uma avenida. O motociclista se aproximou do veículo e disparou contra a vítima que morreu na hora. Ele era esposa do advogado e vice- presidente da OAB de Rondonópolis, Samir Dib.
Embora as execuções sejam semelhantes, as motivações podem não ter qualquer relação. Enquanto delegado Juliano Carvalho trabalha com as possibilidades de tráfico ou latrocínio, a delegada da Mulher, Juliana Buzetti, que apura o crime contra Sandra faz mistério sobre a apuração do inquérito.
Mas uma das possibilidades seria uma transação comercial, segundo informou um policial civil. Uma pessoa teria adquirido um veiculo na empresa dela, mas teria desistido do negócio após a aprovação do financiamento bancário. Ambos teriam tido discussão acalorada.
Nenhum suspeito foi preso nos dois casos de execução.
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