MPF recorre contra sentença de pilotos americanos
Ministério Público Federal de Mato Grosso(MPF) entrou com uma ação no Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF 1) em Brasília, contestando as penas aplicadas pelo juiz federal Murilo Mendes, de Sinop aos envolvidos no acidente com o Boeing da Gol em setembro de 2006 que matou 154 pessoas. Acusados de provocarem a colisão do jato Legacy, os pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino foram condenados a 4 anos e 4 meses de detenção, cada um, em regime semiaberto, revertidos para serviços comunitários em uma instituição brasileira nos Estados Unidos.
O controlador de voo Lucivando Tibúrcio de Alencar também foi condenado a 3 anos e 4 meses de detenção em regime aberto também convertido em prestação de serviços comunitários em instituição ainda a ser definida. Entretanto, o MPF discorda das penas consideradas brandas e por este motivo propôs a ação. Os argumentos propostos no recurso, serão divulgados pela procuradora da República Analícia Ortega Hartz, nesta segunda-feira, durante entrevista coletiva.
As penas foram questionadas por todos os envolvidos, tanto defesa quanto acusação.
Viúva Rosane Gujthar, esposa de Rolf Gujthar que viajava no boeing da Gol também prometeu recorrer em nome da associação das famílias das vítimas do acidente Para ela, a pena foi branda e palavra condenação foi usada somente para dar uma resposta à sociedade brasileira. O assistente de acusação do caso, advogado Dante D’Aquino, disse após a pena, aplicada em maio deste ano, que também iria recorrer da sentença contra os pilotos.
Relembre o caso: No dia 29 setembro de 2006 o Boeing da Gol fazia o voo 1907 seguindo de Manaus para o Rio de Janeiro, quando chocou-se com um Jato Legacy pilotado pelos americanos que seguiam de São Paulo para os Estados Unidos. O Boeing caiu em uma fazenda próxima ao município de Peixoto de Azevedo (691 km ao norte da Capital) matando os 154 ocupantes. Os ocupantes do Legacy sobreviveram ao pousarem o jato numa base aérea da Aeronáutica na Serra do Cachimbo, no Pará.
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