Bom, essa afirmação foi feita pela Steele Hansmeir PLLC, uma firma de advocacia especializada em processos de crimes digitais e violação de direitos autorais, que abriu um processo contra ela e outros diversos usuários da sua região. Basicamente, Jane (que é um nome fictício da idosa, que não quis se identificar) é enquadrada como uma “pirata digital”, e recebe todos os procedimentos habituais para que a ação seja resolvida fora dos tribunais, em troca de alguns milhares de dólares.
Os usuários enquadrados pelos advogados enviam cartas para os réus, lembrando aos mesmos que o montante proposto para a resolução do problema é bem inferior ao valor que provavelmente eles vão gastar com honorários advocatícios, e que com o acordo, eles evitam um dano maior, que é uma associação direta dos seus nomes à pornografia, manchando assim as suas imagens de bons cidadãos.
A firma de advocacia registrou o processo na Corte Distrital de San Francisco, representando a produtora de filmes adultos Hard Drive Productions. O escritório já registrou processos contra mais de 10 mil réus que, segundo eles, violaram os direitos autorais da produtora, baixando o seu conteúdo de forma ilegal.
A senhora Jane se defende. Ela diz que nunca fez downloads de filmes pornôs na sua vida, e que nem sabe o que é um BitTorrent. Ela diz que não pode pagar um advogado, mas suspeita das intensões “justiceiras” da Steele Hansmeir PLLC. Palavras da própria Jane em entrevista para o site SFGate.com: “isso cheira à extorsão.”
Muitos (e talvez a maioria) dos acusados por essas firmas nos Estados Unidos provavelmente fizeram o download dos arquivos, e outras firmas de advocacia usam de estratégia semelhante para tentar coibir a prática de downloads ilegais. Mas é fácil detectar em qual situação a pessoa acusada não fez isso. Como no caso da dona Jane, que não soube responder se o seu serviço de internet sem fio era protegido por senha, mas acredita que vários de seus vizinhos eram jovens do sexo masculino.
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