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Polícia
Quarta - 23 de Outubro de 2013 às 07:26

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A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta terça-feira (22) a medida provisória que institui o Mais Médicos, programa do governo federal que tem o objetivo de levar profissionais brasileiros e estrangeiros para atender a população em áreas carentes das periferias de grandes cidades e no interior do país. O texto foi aprovado por Câmara e Senado no início do mês.

A presidente Dilma Rousseff cumprimenta médicos antes da sanção da lei que institui o Programa Mais Médicos, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)A presidente Dilma Rousseff cumprimenta médicos antes da sanção da lei que institui o Programa Mais Médicos, em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
"É um programa que eu considero dos mais importantes do meu governo. E eu quero manifestar aqui publicamente o meu agradecimento à Câmara e ao Senado que, mais uma vez, demonstraram sua sensibilidade aos grandes problemas nacionais e também uma capacidade de compartilhar decisões que são cruciais e que são importantes para o país com o Executivo", afirmou.
 
O Ministério da Saúde poderá, a partir desta quarta (23), quando a lei for publicada no "Diário Oficial da União", emitir registros provisórios para profissionais estrangeiros que ainda não obtiveram o documento. A possibilidade de o ministério conceder os registros foi incluída no texto da MP porque médicos estrangeiros contratados pelo programa estavam com dificuldades para conseguir os registros nos conselhos regionais de medicina. De acordo com o governo, em alguns casos os conselhos estavam exigindo dos profissionais estrangeiros documentos para obter o registro além daqueles exigidos pela MP.
 
Ainda segundo o Ministério da Saúde, atualmente 196 médicos estrangeiros contratados pelo Mais Médicos estão no país sem poder atuar por falta do registro.
 
Antes de começar seu discurso no evento, a presidente fez um pedido de desculpas ao médico cubano Juan Delgado, presente à cerimônia, que foi hostilizado em Fortaleza durante um ato contra o Mais Médicos. Na ocasião, em agosto, os estrangeiros que tinham chegado recentemente ao país foram xingados de “escravos” e "incompetentes" por manifestantes contrários ao programa.
 
"Primeiro eu quero cumprimentar o Juan, não apenas pelo fato de ele ter sofrido um imenso constragimento quando chegou ao Brasil, porque do ponto de vista pessoal e em nome do governo, eu tenho certeza, do povo brasileiro, eu peço nossas desculpas a ele", afirmou.


Presidente Dilma Rousseff, o médico cubano Juan Delgado e o Ministro da Saúde Alexandre Padilha durante sanção da lei que institui o Programa Mais Médicos.  (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)Presidente Dilma Rousseff, o médico cubano Juan Delgado e o Ministro da Saúde Alexandre Padilha durante sanção da lei que institui o Programa Mais Médicos. (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Ela ainda dirigiu um agradecimento a todos profissionais que vieram de fora do país. Para ela, eles demonstram "imenso carinho" com o povo brasileiro.
"Mais uma vez finalizo agradecendo aqueles que não trouxeram sua família, que estão com saudade e que demonstram imenso carinho ao povo brasileiro. Eles vieram nos apoiar, nos ajudar. Esse país vai ficar eternamente grato a vocês. Talvez essa participação de vocês seja a mais perfeita, a mais completa, não só forma de integração da América Latina e dos outros países, mas também é um atestado de cidadania brasileira", disse Dilma.

Manifestantes ligados ao Sindicato dos Médicos do Ceará realizam protesto durante a saída do grupo de 79 médicos cubanos de aula inaugural (Foto: Jarbas Oliveira/Folhapress)Em agosto, manifestantes ligados ao Sindicato dos Médicos do Ceará hostilizaram grupo de 79 médicos cubanos contratados pelo Mais Médicos (Foto: Jarbas Oliveira/Folhapress)
 




Fonte: Do G1

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