Eder chama ambiente mixtense de
O presidente da Agência Executora de Projetos da Copa do Mundo de 2014 (Agecopa), Eder Moraes, anunciou na manhã de hoje a extinção da Associação dos Amantes do Futebol e Amigos do Mixto (Afam), que afirmou se tratar de um ambiente extremamente ‘prostituído’ e maléfico, do qual está procurando se afastar. Eder rebateu as acusações feitas pelos torcedores da agremiação de que teria “abandonado” o time com uma dívida de R$ 900 mil.
“Não deixei de cumprir com nenhum dos compromissos que fiz com o Mixto. O Centro de Treinamento estará à disposição do time até dezembro, os investimentos que nós tínhamos que fazer na equipe estão sendo seqüestrado pela Justiça do Trabalho, então é um problema de interferência, de ingerência externa que torna a coisa difícil de se administrar”, disse ele ao lembrar que a Afam é uma instituição privada, que nasceu com o propósito voluntário de ajudar o futebol de Mato Grosso, não só o Mixto, mas por decisão dele os trabalhos estão sendo encerrados.
“Vamos continuar ajudando o Mixto, mas sem nenhum vínculo, por que todos os patrocinadores do time foram alcançados pela Justiça do Trabalho. Ora, fomos buscar os patrocinadores que já são raros, e quando conseguimos, eles recebem notificações trabalhistas como se fossem uma extensão do clube, evidentemente que os patrocinadores todos foram afugentados e não querem mais investir no Mixto. Mesmo assim estamos honrando de forma voluntária com as dívidas do clube”, argumentou Eder, ao justificar o seu ‘afastamento’ e o encerramento das atividades da Associação.
Sobre as recentes manifestações realizadas pelos torcedores do Mixto, que chegaram a pedir o afastamento de Eder da Agecopa, ele afirma que todos têm direito a se manifestar da maneira que bem entenderem. “Nós temos que respeitar o estado democrático de direto, não fizemos nada com relação às manifestações que a Torcida Boca Suja realizou em frente à Agecopa e até marcamos uma reunião com eles hoje pra fazer um balanço, um levantamento, de tudo que está acontecendo no Mixto. Poucos sabem, mas já gastamos praticamente R$ 400 mil este ano com ações trabalhistas, só pagando indenizações que estouraram agora e estamos tendo que honrar”, disparou.
Além das dívidas trabalhistas, o presidente falou também de outras dívidas deixadas por jogadores, que poderiam ter sido evitadas. “Doze apartamentos alugados por jogadores que estavam aqui foram depredados, foram acabados por esses jogadores, e nós tivemos que honrar com R$ 80 mil em reformas para devolvê-los às imobiliárias. A casa do Atleta nós tivemos que investir mais de R$ 100 mil porque também foi depredada por eles”, finalizou ele ao fazer mistério sobre a hora e o local da reunião com a torcida do Mixto.
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