A taxa de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 6,2% em junho, segundo mostra levantamento divulgado nesta terça-feira (19). A taxa de junho é a menor para o mês desde o início da série, que teve início em março de 2002. Em maio, a desocupação ficara em 6,4%. No mesmo período do ano passado, a taxa fora de 7%.
O contingente de desocupados somou 1,5 milhão e ficou estável sobre maio. Em relação a junho do ano passado, registrou queda de 10,4%. A população ocupada atingiu 22,4 milhões de pessoas e não teve variação sobre maio. Na comparação com com junho do ano passado, foi verificada alta de 2,3%.
"Apesar do resultado positivo em junho, a gente ainda não conseguiu atingir o ritmo de crescimento que tínhamos antes da crise financeira do final de 2008”, disse Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE. "A gente tem um mercado de trabalho que não abre vagas, e que resulta em estabilidade na taxa de desocupação, que, no entanto, é a menor taxa para o mês de junho desde o início da série histórica.”
Quanto aos trabalhadores com carteira assinada no setor privado, o contingente chegou a 10,8 milhões e também não apresentou variação significativa sobre o mês anterior. Já em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 6,2%.
A taxa de desocupação não registrou variações significativas nas regiões metropolitanas na comparação com maio de 2011. Frente a junho de 2010 foram registradas quedas em Recife (2,5 pontos percentuais), Salvador (1,8 ponto percentual) e em São Paulo (0,8 ponto percentual):
Considerando as regiões metropolitanas, na análise mensal, a quantidade de desocupados não apresentou variação em nenhuma delas. Já na comparação anual, foi registrada queda em Recife (28,7%) e Salvador (15,3%).
Salário
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ocupados ficou em R$ 1.578,50, o valor mais alto para o mês de junho desde 2002, registrando aumento de 0,5% sobre maio e de 4% sobre junho de 2010.
Na análise por regiões, o salário médio real subiu em Salvador (2,0%), Belo Horizonte (5%), São Paulo (1,2%) e Porto Alegre (2,4%). Na contramão, teve recuo de 3,4% no Rio de Janeiro e ficou estável em Recife. Na comparação com junho do ano passado, foi registrado aumento em Salvador (4,7%), Belo Horizonte (9,2%), Rio de Janeiro (5,4%), São Paulo e Porto Alegre (2,5%). A queda foi vista em Recife (- 0,4%).
Em relação aos tipos de atividade, o maior aumento nos salários, sobre junho de 2010, de 9,8%, partiu de serviços domésticos e outros serviços (alojamento e alimentação, transporte, armazenagem e comunicações, limpeza urbana, atividades associativas, recreativas, culturais e desportivas, e serviços pessoais).
Na classificação por categorias de posição na ocupação, a maior alta no rendimento médio real partiu dos empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado (12,3%).
Nível de ocupação
O nível da ocupação - proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa , foi estimado em 53,5% considerando as seis regiões e ficou estável sobre maio. No entanto, na comparação mensal, teve alta de 0,6 ponto percentual. Na análise por região, na comparação mensal, todas as regiões metropolitanas ficaram estáveis. Comparando com junho de 2010, houve alta em Recife (de 45,7% para 47,4%), Belo Horizonte (de 56,4% para 57,5%) e em Porto Alegre (de 53,4% para 55,2%).
“Esse é o maior nível de ocupação (53,3%) na média dos seis primeiros meses do ano desde o início da série histórica, na comparação com o mesmo período desde 2003”, disse o gerente do IBGE.
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