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Política
Terça - 19 de Julho de 2011 às 21:50

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O líder do PR na Câmara, deputado Lincoln Portela (MG), pediu, nesta terça-feira, para que a presidente Dilma Rousseff use a "mesma balança" para todos os partidos, na hora de afastar pessoas do Ministério dos Transportes por causa de denúncias de irregularidades na pasta.

Portela também cobrou que seja dado o direito de defesa a todos os envolvidos e criticou a jurisprudência que se criou de afastar todas as pessoas que estejam sob suspeita, correndo o risco de "crucificar" alguns. Hoje, o governo exonerou mais seis funcionários da pasta. Até agora, já foram 12 afastados, entre eles Alfredo Nascimento, presidente nacional do PR.

"A presidente Dilma é uma pessoa austera, coerente e competente, portanto uma só balança deve servir para todas as pessoas, sejam elas do PR ou não", disse Portela. "A presidente abriu essa jurisprudência [da afastar pessoas sob suspeita]. Agora é preciso tomar cuidado para não crucificarmos pessoas sem darmos o direito de defesa."

Por causa das denúncias de irregularidades nos Transportes, o PSDB protocolou, nesta terça-feira, um requerimento de convocação do novo ministro, Paulo Passos. O documento foi apresentado na Comissão Representativa, formada por deputados e senadores que representam o Congresso durante o recesso parlamentar --que vai até o final do mês.

O PPS também protocolou hoje um requerimento pedindo que a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara acione o TCU (Tribunal de Contas da União) para que o órgão adote as medidas necessárias para levantar informações sobre todos os termos aditivos de contratos, projetos de engenharia, obras e repasses de recursos ou quaisquer outros instrumentos legais, contratuais ou contábeis firmados pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) entre 1º de julho de 2010 a 31 de dezembro do mesmo ano.

Durante esse período, o atual ministro dos Transportes, Paulo Passos, ocupava a pasta em caráter interino e, conforme mostrou a Folha domingo, o volume de aditivos a contratos mais que dobrou, passando de 53 em 2009 para 113 em 2010. 
 






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