Ministro deve nomear técnico para secretaria-executiva
A escolha atenderia o pedido da presidente Dilma Rousseff de colocar técnicos no ministério e no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte).
O cargo ficou vago com a efetivação de Passos, até então secretário-executivo, como ministro.
Passos assumiu no lugar de Alfredo Nascimento, que caiu após denúncias de corrupção na pasta e no Dnit.
Hoje, o governo exonerou mais três funcionários do Ministério do Transportes --José Osmar Monte Rocha, Darcy Michiles e Estevam Pedrosa--, dois do Dnit --Luiz Claudio dos Santos Varejão e Mauro Sérgio Almeida Fatureto-- e uma do Fnit (Fundo Nacional de Infraestrutura de Transportes) --Maria das Graças de Almeida.
Rocha, que é considerado afilhado de Valdemar Costa Neto (PR-SP), integrou o chamado Grupo Executivo, um comitê encarregado de administrar a dívida do antigo DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), que deu origem ao Dnit e é controlado por Valdemar.
A demissão de Rocha foi oficializada por portaria no "Diário Oficial" da União no mesmo dia em que o jornal "O Estado de S.Paulo" mostrou seu envolvimento num atestado que ajudou na contratação de uma empresa de fachada pelo Dnit por R$ 18,9 milhões.
Michiles e Pedrosa foram indicados pelo ex-ministro Alfredo Nascimento (Transportes), que caiu com as denúncias de corrupção. De acordo com o Ministério dos Transportes, a dispensa de Pedrosa, Varejão e Fatureto são parte da estratégia de "reestruturação" da área de transportes do governo.
Segundo o "Diário Oficial", Michiles pediu demissão. Ele foi deputado federal pelo PL entre 2003 e 2007.
Varejão é ligado ao PT e era coordenador-geral de Operações Rodoviárias. Ele respondia diretamente ao também petista Hideraldo Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária, cujo afastamento também foi determinado pela presidente Dilma Rousseff.
Maria das Graças coordenava a Comissão de Análise Técnica do Fnit, mas a reportagem ainda não conseguiu confirmar se seu nome está envolvido nas acusações.
Ao todo, as denúncias derrubaram até agora 12 integrantes do ministério e de órgãos ligados à pasta. Ainda é esperada a saída de Luiz Antonio Pagot, diretor-geral do Dnit, que está afastado do cargo.
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