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Política
Terça - 19 de Julho de 2011 às 22:44

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O ministro Paulo Sérgio Passos (Transporte) deve escolher como seu secretário-executivo Deuzedir Martins, atual titular da Geinv (Gerência de Engenharia e Investimentos em Rodovias), da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

A escolha atenderia o pedido da presidente Dilma Rousseff de colocar técnicos no ministério e no Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte).

O cargo ficou vago com a efetivação de Passos, até então secretário-executivo, como ministro.

Passos assumiu no lugar de Alfredo Nascimento, que caiu após denúncias de corrupção na pasta e no Dnit.

Hoje, o governo exonerou mais três funcionários do Ministério do Transportes --José Osmar Monte Rocha, Darcy Michiles e Estevam Pedrosa--, dois do Dnit --Luiz Claudio dos Santos Varejão e Mauro Sérgio Almeida Fatureto-- e uma do Fnit (Fundo Nacional de Infraestrutura de Transportes) --Maria das Graças de Almeida.

Rocha, que é considerado afilhado de Valdemar Costa Neto (PR-SP), integrou o chamado Grupo Executivo, um comitê encarregado de administrar a dívida do antigo DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem), que deu origem ao Dnit e é controlado por Valdemar.

A demissão de Rocha foi oficializada por portaria no "Diário Oficial" da União no mesmo dia em que o jornal "O Estado de S.Paulo" mostrou seu envolvimento num atestado que ajudou na contratação de uma empresa de fachada pelo Dnit por R$ 18,9 milhões.

Michiles e Pedrosa foram indicados pelo ex-ministro Alfredo Nascimento (Transportes), que caiu com as denúncias de corrupção. De acordo com o Ministério dos Transportes, a dispensa de Pedrosa, Varejão e Fatureto são parte da estratégia de "reestruturação" da área de transportes do governo.

Segundo o "Diário Oficial", Michiles pediu demissão. Ele foi deputado federal pelo PL entre 2003 e 2007.

Varejão é ligado ao PT e era coordenador-geral de Operações Rodoviárias. Ele respondia diretamente ao também petista Hideraldo Caron, diretor de Infraestrutura Rodoviária, cujo afastamento também foi determinado pela presidente Dilma Rousseff.

Maria das Graças coordenava a Comissão de Análise Técnica do Fnit, mas a reportagem ainda não conseguiu confirmar se seu nome está envolvido nas acusações.

Ao todo, as denúncias derrubaram até agora 12 integrantes do ministério e de órgãos ligados à pasta. Ainda é esperada a saída de Luiz Antonio Pagot, diretor-geral do Dnit, que está afastado do cargo. 






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