Senador questiona reportagem de jornal do DF sobre tráfico de influência em sua família
Blairo admite manobra do Governo para prejudicá-lo
O senador Blairo Maggi (PR) revelou que está buscando saber qual a origem dos documentos que embasaram a reportagem veiculada pelo jornal Correio Braziliense, na semana passada.
A reportagem mostrou uma suposta investigação da Polícia Federal, na década de 70, onde mostra os pais de Blairo Maggi e Luiz Antônio Pagot como investigados em um esquema de tráfico de influência ,na cidade de São Miguel do Iguaçu, no Paraná.
Pagot está no centro de um escândalo que abalou as estruturas do Ministério dos Transportes. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), comandado pelo mato-grossense, é apontado, em denúncias da revista Veja, como foco de corrupção, envolvendo o pagamento de propinas por meio de empreiteiras.
O republicano afirmou que já procurou o Arquivo Nacional para saber se foi dali que saíram os documentos que embasaram a reportagem.
"Já mandei minha assessoria chegar no Arquivo Nacional e descobrir se nenhum documento saiu de lá. Pelo menos, oficialmente, não", explicou o parlamentar, que ontem (19), visitou o canteiro de obras da Arena Pantanal, no Verdão, em companhia do governador Silval Barbosa (PMDB).
Maggi disse que, ainda nesta semana, enviará um ofício à Polícia Federal questionando a veracidade dos documentos citados pela reportagem do jornal. "Quero saber se foi de lá que saíram esses documentos. Porque, pelas histórias que foram me contadas por parentes, os fatos foram totalmente distorcidos", comentou o senador.
Caso não consiga descobrir a origem dos documentos, o republicano anunciou que vai processar o jornal de Brasília. "Se esses documentos não existirem ou não aparecerem, eu vou propor todas as ações judiciais possíveis contra os responsáveis por essa reportagem", afirmou o republicano.
Blairo Maggi criticou a publicação que, para ele, usou uma forma "baixa e suja" para tentar atingir sua honra e de sua família. "Essa reportagem não fez sequer uma referência a coisas boas que o meu pai fez. Isso é um jogo sujo e baixo", lamentou.
Fogo amigo
Questionado sobre a possibilidade de essas informações terem sido fornecidas pelo próprio Governo Federal ao jornal, Blairo Maggi foi taxativo.
"Esse tipo de informação, que tem mais de 30 anos, só pode ter saído de órgãos federais. O que eu quero saber se isso foi ‘vazado" ou foi deliberadamente cedido", observou.
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