Denúncias de corrupção já derrubam 16
Mais três servidores ligados ao Ministério dos Transportes foram exonerados pelo Palácio do Planalto. As demissões foram publicadas na edição de ontem do Diário Oficial da União. Desde o início do mês, quando foram reveladas as denúncias de corrupção na pasta, 16 pessoas já foram afastadas de suas funções. Entre as demissões oficializadas está a de Eduardo Lopes, funcionário do Ministério dos Transportes, conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo na sua edição de quarta-feira. Os demais são os funcionários da estatal Valec Cleilson Gadelha Queiroz, gerente de licitações e contratos, e Pedro Ivan Guimarães, assessor da estatal.
Foram demitidos quatro funcionários do ministério e dois do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) O objetivo imediato do Palácio do Planalto com as demissões é minar um suposto esquema de desvios, montado ao longo de anos, que teria ligações próximas a dirigentes do PR. Funcionários do departamento em outros Estados também devem ser exonerados nos próximos dias. São previstas ainda as demissões do diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, e do diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit, o petista Hideraldo Luiz Caron.
O PR não está satisfeito com a forma como o governo tem conduzido a crise no Ministério dos Transportes. Depois de o líder do partido, Lincoln Portela (MG), reclamar que a "balança" tem de ser a mesma para todos os partidos, o vice-líder do governo Luciano Castro (PR) reclamou do fato de as demissões estarem ocorrendo de forma fracionada. "Nós vemos o processo de substituição como normal, é natural que o novo ministro faça substituições, mas o que não parece ser normal é fazer isso a conta-gotas", reclamou Castro.
O vice-líder do governo afirmou que a maneira como tem sido feita a chamada "faxina" no Ministério está causando um desconforto no PR. "Nesta forma de fazer se expõe o nosso partido e nos deixa numa situação desconfortável com o governo".
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