Polícia descarta riscos a juiz e nega envolvimento de policiais em ameaça
O juiz da 2ª Vara Criminal de Várzea Grande que revelou ter sua casa ‘invadida’ por um suspeito ligado a uma quadrilha que envolvia policiais, não estaria correndo risco, conforme investigação do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO). O delegado Flávio Stringuetta descartou o envolvimento de policiais, informou ainda que não acredita que o magistrado corra risco de ser assassinado e descartou o envolvimento de policiais.
De acordo com o delegado, o modis operandis do homem que foi até a casa do magistrado no dia 7 de janeiro deste ano não condiz com a atuação de quadrilhas ligadas ao crime organizado. Ele explicou que, em geral, nestes casos o magistrado seria assassinado sem que tivesse sido avisado. Stringuetta informou ainda que o crime pode estar relacionado a outros motivos, citando como exemplo, uma briga trabalhista, ou de vizinho, ou até mesmo um homem que teve um parente prejudicado pelas decisões dos magistrados.
“Quatro pessoas que tiveram contato com o juiz serão ouvidas, mas para gente este tipo de ameaça é inócuo, porém por se tratar de um representante do Estado e gerar instabilidade, já que ele precisa ter autonomia nas decisões, o caso foi encaminhado ao Serviço de Inteligência da Polícia, que a princípio investigou o possível mandante do crime, minimizando as chances do envolvimento de policiais, o GCCO assumiu o caso em 20 dias e focamos o trabalho no retrato falado para poder saber de quem se trata esta pessoa e assim descobrir os motivos da ameaça”, relatou o delegado durante entrevista coletiva ocorrida na manhã desta quinta-feira (21).
O juiz chegou a entregar uma lista com 18 nomes de policiais que seriam os possíveis mandantes do crime, no entanto, segundo Stringuetta, o Serviço de Inteligência investigou todos eles e descartou o envolvimento deles com o crime. Ele destacou ainda que também não se sabe qual é a relação do suspeito com o magistrado e, por isso, há várias hipóteses para a ameaça que foi feita diante do caseiro da chácara, onde o juiz mora, e mais três pessoas que jogavam bola no local.
“Pode ser pessoa, como uma briga trabalhista, ou uma pessoa que teve um parente prejudicado com a decisão do magistrado, ou até mesmo briga de vizinho. Todas as possibilidades serão investigadas”, alertou o delegado.
A polícia pede para que se alguém identificar o homem divulgado no retrato falado, que possui estatura mediana de 1,65m a 1,70m, ligar no 197 ou no 3613-5668. A investigação ainda continua, mas está prejudica em função da greve dos investigares da Polícia Civil por tempo indeterminado.
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