Mulher que roubou bebê tentou levar outro neném antes, diz delegado
O delegado Geraldo Assed Estefan, titular da 72ª DP (São Gonçalo), afirmou, na manhã deste sábado (23), que a suspeita de ter roubado um bebê de um hospital particular em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, havia tentado levar outro neném, de outra clínica, no mesmo município. O crime e a tentativa de roubo foram na tarde de sexta-feira (22), um na sequência do outro.
A suspeita foi reconhecida nas imagens gravadas pelo circuito interno de TV do hospital onde o bebê foi roubado. Ela foi identificada pelos pais que perderam a criança, pelos pais do neném que quase foi levado e pela enfermeira que evitou o roubo na clínica. Nesta manhã, Assed Estefan ouviu os responsáveis pela clínica, os pais da criança roubada, os pais do outro bebê e a enfermeira que evitou o primeiro roubo.
A enfermeira contou que desconfiou da suspeita e a abordou, mas acabou a liberando quando ela apresentou uma carteira de enfermeira. “Eles desconfiaram na hora. Retiraram a mulher do local e a liberaram, mas não registraram a ocorrência na delegacia”, contou o delegado. Segundo Assed, não há pistas do paradeiro do bebê. Ele ainda vai ouvir outros parentes.
Mãe faz apelo desesperada
O apelo de Elisa da Silva Barbosa, mãe da criança, é desesperador: "Eu não sei porque você fez isso, o que você quer, mas devolva a minha filha. Quem é mãe sabe da dor que eu estou sentindo agora", pediu ela, que contou, ainda, que se internou na quinta-feira (21). O bebê, uma menina, Ayana Mila, nasceu à meia-noite e quinze desta sexta.
Por volta das 17h desta sexta, uma mulher vestindo jaleco branco e com um estetoscópio em volta do pescoço entrou no quarto e avisou que precisava levar o bebê para exame. Elisa e o marido deixaram que ela levasse o bebê. Imagens gravadas pelo circuito interno de segurança mostram a suspeita esperando pelo elevador. Minutos depois ela desce, supostamente com a criança dentro de uma bolsa que carregava.
"Ela entrou no quarto, dizendo que era pediatra, e que queria examinar a "nenê", e perguntou se a gente já tinha feito exame do pezinho, de orelhinha, como na minha cidade em Manaus é de praxe todo hospital fazer isso dentro do hospital, aí eu achei que aqui também seria assim", disse Elisa.
Crime em menos de 15 minutos
A falsa médica precisou de menos de 15 minutos para entrar no hospital, chegar ao terceiro andar, ao quarto de Elisa, pegar a criança e sair, sem que ninguém percebesse.
Assim que percebeu que tinha acontecido, o diretor do hospital, Sérgio Moutinho, chamou a polícia. "A própria mãe deu a criança, a gente não tem um acesso a isso, e ela saiu com a criança dentro da bolsa, então a gente não revista a bolsa quando sai. Mil pessoas entrando e saindo, a gente não conhece a pessoa. Ela entra como visitante", disse ele.
Elisa quer a filha de volta o mais rápido possível: "Por favor, quem levou a minha filha, que devolva a minha filha. Eu te peço, misericórdia, por favor, traga a minha filha", pediu.
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