Uma erosão à margem do Rio Cuiabá destruiu parte da calçada da Avenida Alameda, localizada em Várzea Grande, e derrubou a mureta de proteção próxima à ponte Júlio Muller, que divide a capital e a região metropolitana várzea-grandense.
A situação tem preocupado os moradores do local,, já que, se nenhuma medida for tomada, a erosão poderá avançar até a rua. A advogada Cássia Sangha, que mora há uma quadra da beira do rio, reclamou em entrevista ao G1, que após o último período de chuvas deixou de fazer caminhada na calçada da avenida.
"Costumava fazer caminhada na pista de pedestres, mas parei porque a mureta de proteção se quebrou com as últimas cheias. Em pouco tempo, o mesmo acontecerá com o asfalto que já está começando a ceder", prevê a moradora, que mora no bairro há dois anos.
De acordo com o engenheiro e mestre em Educação e Meio Ambiente, Arquimedes Pereira Lima, o desbarrancamento é resultado de uma obra de aterro mal feita, realizada há cerca de 10 anos no entorno do rio. Ele recomenda que a contenção da margem seja feita por meio de gabião, que consiste na implantação de uma estrutura de tela de aço galvanizado, preenchida por pedras. "Essa medida estabiliza sem agredir o meio ambiente, pois permite que os limites do rio sejam respeitados", explicou.
Em entrevista ao G1, o secretário de Meio Ambiente e Agricultura de Várzea Grande, Celso Brandão, informou que até o momento, a administração municipal não tomou nenhuma medida de contenção nesse local específico. Ele garantiu, porém, que a Secretaria de Infraestrutura do município vem desenvolvendo um projeto para a recuperação geral das margens do rio Cuiabá, no lado que fica em Várzea Grande.
O secretário afirmou ainda que, na época em que foi realizada a duplicação da Avenida Alameda, a pasta ambiental fez um trabalho de revitalização e arborização com árvores nativas na margem do rio.
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