Pagot encomenda laudo para avaliar "mansão" e desmente imenso valor
Após a polêmica sobre a suposta mansão milionária, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, encomendou um laudo técnico realizado por dois engenheiros civis para avaliar o real valor da casa construída no bairro Dom Bosco, em Cuiabá. O Olhar Direto teve acesso ao documento que informa o valor de mercado do imóvel.
De acordo com a avaliação feita por João Vicente Araújo Lima (Crea/RJ 85103214-2D) e Ronaldo Rossi (Crea/MT 5416-D), a casa está avaliada em R$ 570 mil, tendo uma variação mínima de R$ 554.046,28 e máxima de R$ 582.493,78. Porém, todos esses valores passam bem longe de R$ 2,5 milhões, conforme havia sido divulgado na imprensa mato-grossense e nacional.
Pagot teve a preocupação de contratar profissionais credenciados pela Caixa Econômica Federal e também, devidamente, cadastrados no Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea). Outro relatório encomendado pelo diretor foi elaborado pelo corretor de imóveis Luis Alberto Nespolo (Creci/MT – F 4575), o qual avaliou a residência em R$ 525 mil. Numa projeção futura, avaliando após a conclusão do imóvel, chega-se a R$ 795 mil.
Fato importante é que a casa está localizada em bairro periférico de Cuiabá e a rua onde o imóvel está sendo construído sequer é asfalta e ainda não possui iluminação pública. Fatores que desvalorizam o imóvel de três andares. Até então, 60% da obra foi executada, totalizando um gasto de R$ 473 mil. No laudo elaborado pelo engenheiro, calcula-se que até a conclusão da casa, Pagot deva gastar R$ 787 mil.
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