Adolescentes dizem que mataram colega porque eram ameaçados
Os dois estudantes acusados de matar a tiros o colega Gustavo Pacheco da Silva, 16, na manhã de quinta-feira (21), na Escola Estadual Cesário Neto, em Cuiabá, alegaram que mataram o adolescente porque estavam sendo ameaçados por ele.
Vinícius Toledo Lemos e Maurício da Silva Pereira Filho, ambos de 18, foram presos em flagrante. Eles disseram ao delegado André Renato Gonçalves, da Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa 9DHPP), que decidiram matar o desafeto na escola porque era o local onde se encontravam. Gustavo morava no bairro Dom Aquino e os autores do crime, no Areão.
Ao constatarem que Gustavo fora à escola - no bairro Bandeirantes, ao lado do Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá -, Vinícius retornou à sua casa, no horário do intervalo, e pegou o revólver que escondera no quarto e voltou à unidade educacional.
Como não havia vigia, ele entrou sem problemas. Esperou Gustavo sair da sala, o chamou e atirou cinco vezes. Em seguida, ele e Maurício permaneceram na escola, até serem presos pela Polícia Militar. Vinícius foi apontado por outros colegas como o responsável em apertar o gatilho.
Ao checar Gustavo, os policiais descobriram que ele era investigado num crime ocorrido no bairro Dom Aquino, no início deste ano. Vinícius e Maurício negaram que a morte do desafeto seja vingança pelo assassinato atribuído ao adolescente.
"Não temos informações que confirmem que seja vingança pelo homicídio, até porque os dois moram no Areão e a vítima, no Dom Aquino", explicou o delegado.
Ontem de manhã mesmo, os dois estudantes foram levados para a Cadeia Pública do Carumbé, ficando à disposição da Justiça. Na manhã desta sexta-feira (22), os dois rapazes fizeram exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML).
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