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Cidades
Segunda - 25 de Julho de 2011 às 07:45
Por: GUILHERME BLAT

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As câmeras possuem lentes que registram imagens em 360º
As câmeras possuem lentes que registram imagens em 360º
O Google pretende fotografar toda a malha viária do Brasil para o seu serviço Street View. O projeto teve início no ano passado, quando as cidades de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro foram fotografadas. No mês passado, o carro da empresa foi visto trabalhando na região sul. O Brasil foi o primeiro país da América Latina a receber o serviço e as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, incluindo Cuiabá, terão prioridade.

O recurso funciona da seguinte maneira. Um carro equipado com 15 lentes que tiram fotos em 360º, percorre todas as ruas da cidade selecionada. As câmeras também possuem sensores de movimento e um laser que capta a distância dos objetos fotografados, para dar a sensação de profundidade. O serviço oferece ao usuário a sensação de estar no meio da rua, olhando os prédios em volta.

O Google também adaptou o equipamento de fotografia a um triciclo, para poder fotografar ruas mais estreitas, trilhas e calçadões. Fora do Brasil, o sistema também foi adaptado a um veículo de neve e a um pequeno protótipo que tira fotos dentro de museus.

O Street View funciona de maneira integrada ao serviço de mapas do Google. A corporação esclarece que obtém os dados sobre as ruas junto a outras empresas que fazem o mapeamento.

Através do seu escritório em São Paulo, o Google esclarece que o projeto continua em andamento e que todas as cidades do Brasil serão fotografadas. Mas, ainda não há uma previsão exata sobre quando ele chegará a Cuiabá.

O Google Street View tem gerado discussões a respeito da privacidade. Países como Áustria, República Checa e Suíça tentaram proibir a implantação do serviço. Há 15 dias, a cidade de Bangalore na Índia ordenou que o Google interrompesse os trabalhos na cidade, alegando que o programa invadia a privacidade dos moradores. Os indianos também temiam que o recurso auxiliasse terroristas. Já na Alemanha, o serviço demorou até ser liberado. Mais de 200 mil casas foram borradas a pedido dos seus moradores. A corporação também sofreu tentativas de processo nos Estados Unidos.

No Brasil, o engenheiro mecânico Hevaldo Dias Duarte tentou processar a empresa em outubro do ano passado. Ele alegou danos morais após ter sido fotografado vomitando em uma praça de Belo Horizonte. Na época, ele disse que sofreu inúmeros constrangimentos, pois as pessoas imaginavam que ele estaria bêbado. A justiça ordenou que a foto fosse retirada do site.

Respondendo a um processo nos Estados Unidos, o Google se defendeu alegando que “atualmente a tecnologia de imagem por satélite significa que até mesmo nos desertos a privacidade completa não existe”.

A empresa também se manifestou sobre o assunto, dizendo que o programa contém apenas imagens de estradas públicas, o mesmo que se vê ao dirigir ou caminhar por uma rua. As imagens, também não aparecem em tempo real, o que impediria que criminosos a utilizassem para observar hábitos dos moradores. O Google também alega que todos os rostos dos indivíduos fotografados são borrados automaticamente. Assim como as placas dos veículos, para que eles não possam ser identificados. Ainda é possível que os usuários solicitem que determinadas imagens sejam desfiguradas. 
 





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