Serviços podem parar 100%
Ganha corpo movimento de parte dos escrivães e investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso em paralisar todas as atividades. A teoria apontada pelos grevistas é a de que, uma vez considerado ilegal, fato que ocorreu no dia 21, o movimento não tem a obrigação de manter 30% dos servidores em atividade. A ameaça havia sido feita pelo presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil e Agentes Prisionais de Mato Grosso (Siagespoc/MT), Cledison Gonçalves, em assembleia que retomou a paralisação, no último dia 20.
Enquanto não se decide pela radicalização, a categoria realiza hoje (26) panfletagem pela manhã, no centro da Capital, e manifestação no prédio da Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp/MT), às 14 horas. Em nota publicada no site da entidade, a direção do Siagespoc reiterou a orientação de que nenhum dos cerca de 2,1 mil grevistas participe de qualquer operação policial, tanto na Capital quanto no interior do Estado.
Eles também reafirmaram que não temem pelo corte de ponto, uma das punições definidas pelo desembargador Guiomar Teodoro Borges, que declarou ilegal o movimento. Além do corte, o sindicato foi multado em R$ 20 mil por dia de paralisação após a determinação de retorno ao trabalho. "Apenas nós podemos definir quando começa ou quando termina uma greve", rebateu o presidente do Siagespoc.
Investigadores e escrivães cobram equiparação salarial com outras carreiras também consideradas de nível superior. Para isso, os servidores em greve exigem salário inicial de R$ 3.460, ante R$ 2.365 pagos atualmente. Em sua última proposta, a Secretaria de Estado de Administração (SAD/MT) ofereceu R$ 3.274, com reajustes fracionados até 2014. Para este ano, a pasta acenou com R$ 95 de recomposição, valor considerado ofensivo pela categoria. Os servidores iniciaram a greve no dia 1º e, 13 dias depois, suspenderam o movimento para retomada da negociação.
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