Anistia diz que governo saudita bloqueou site após vazamento
A Anistia Internacional publicou o projeto de lei na internet na sexta-feira passada, afirmando que a lei permitirá ao país deter suspeitos sem acusação por longos períodos e manter presas por mais de dez anos pessoas que criticarem o rei ou o príncipe herdeiro.
A Arábia Saudita rejeitou a acusação dizendo que a lei foi formulada para conter os terroristas, e não os manifestantes.
Segundo a Anistia, vários jornalistas e ativistas de direitos humanos informaram que não conseguiram acessar o site amnesty.org na segunda-feira e também nesta terça-feira.
"Em vez de atacar esses problemas, bloqueando o debate, o governo saudita deveria alterar a lei para abrandar o ânimo dos dissidentes e não negar os direitos humanos", afirmou o diretor da Anistia Internacional para o Oriente Médio e o norte da África, Malcolm Smart, em comunicado.
Já o porta-voz do Ministério da Informação saudita, Abdulrahman al-Hazza, afirmou que não poderia comentar o assunto. A Arábia Saudita bloqueia regularmente sites que o reino conservador muçulmano considera censuráveis. Em 2009, o Comitê de Proteção a Jornalistas informou que o governo saudita monitorou e bloqueou 400 mil sites.
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