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Política
Terça - 26 de Julho de 2011 às 16:51

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O juiz Murilo Lemos Simão, que conduz o processo do casal de extrativistas mortos há dois meses no Pará, divulgou nota nesta terça-feira negando que suas decisões tenham ajudado na fuga dos três suspeitos do crime.

Na segunda-feira (25), movimentos sociais e familiares de José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo pediram o afastamento do juiz da comarca de Marabá, que por duas vezes rejeitou pedidos de prisão dos suspeitos feitos pela polícia.

A atitude de Simão foi considerada "absurda" pela ministra Maria do Rosário, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência. Segundo sua assessoria, a ministra disse que a ação contribui com a impunidade.

Na nota, o juiz não explicou por que não aceitou os pedidos de prisão. Ele afirma que atendeu outras solicitações da polícia, como a expedição de mandados de busca e apreensão durante as investigações.

O juiz disse ainda que aguarda manifestação do Ministério Público para apreciar um terceiro pedido de prisão.

Sobre o sigilo do caso, também criticado por familiares dos extrativistas, Simão declarou que "a intenção deste juízo foi o de assegurar o êxito das diligências policiais, sem pretensão de dificultar o conhecimento público dos fatos investigados".

Para ele, o segredo das informações era "necessário" justamente para evitar a fuga dos suspeitos.

"Tendo em vista que a autoridade policial concluiu o inquérito e, antes mesmo de ser proferida decisão acerca do último pedido de prisão preventiva, já tornou público os nomes e as fotos dos indiciados, não há mais que se falar em segredo de justiça", diz a nota.

SUSPEITOS

O inquérito policial sobre as mortes, entregue à Justiça na semana passada, apontou como mandante dos crimes José Rodrigues Moreira, 42, dono de áreas dentro do assentamento Praialta Piranheira, onde o casal vivia.

O irmão de Moreira, Lindonjonson Silva Rocha, 29, é suspeito de ter cometido o assassinato, com ajuda de Alberto Lopes do Nascimento, 29.

Os três suspeitos estão, segundo a polícia, foragidos. José Rodrigues chegou a ser ouvido pela polícia no início do inquérito, mas depois não foi mais localizado. Nenhum dos três tem advogados.

  France Presse  
José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva foram mortos em 24 de maio
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