Criança estava internada desde o dia 13 de junho à espera de vaga. Mãe diz que o bebê também sofre com bronquite e pneumonia.
Após 2 meses, mãe consegue cirurgia para bebê com hidrocefalia em MT
Um bebê de sete meses com problemas de hidrocefalia e que estava internado há dois meses à espera de uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC), foi transferido na tarde desta terça-feira (26) para um hospital particular após decisão judicial. O pedido de liminar foi feito pela Defensoria Publica de Mato Grosso contra o governo devido à falta de estrutura na unidade para a realização de uma cirurgia em caráter de urgência.
De acordo a defensora pública Kelly Monteiro, a ação foi protocolada no dia 7 de julho, mas somente na sexta-feira (22) foi que a mãe do recém-nascido obteve a confirmação da transferência do filho, que deveria ter sido realizada no mesmo dia. A criança estava internada desde o dia 13 de junho, no pronto-socorro. No entanto, somente no início da noite desta terça-feira a criança foi encaminhada para um hospital particular, na capital, pela Secretaria Municipal de Saúde.
Rosimeire Domingas do Prado, mãe da criança, informou ao G1 que o recém-nascido já foi levado para o centro cirúrgico para que seja colocada uma válvula no cérebro, responsável pela retirada de líquido. A defensora pública relatou que o quadro de saúde do bebê se agravou durante o período em que ele ficou no pronto-socorro por também sofrer com problemas de bronquite e pneumonia. Além disso, os médicos teriam constatado um tumor no cérebro.
“O juiz autorizou, mas a questão não foi resolvida pela administração. Tive que procurar autoridades para conseguir resolver o problema tanto no município como no estado. Só que ninguém sabia dar uma resposta concreta da transferência”, frisou em entrevista ao G1. Ela declarou que o caso do filho é grave e que ele corre risco de morrer.
Transferência
Na ação, a justiça também determinou o bloqueio das contas do estado no valor de R$ 60 mil reais, caso a decisão fosse descumprida. Por outro lado, a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde informou à equipe do G1 que não houve o bloqueio do valor alegando que a responsabilidade da transferência era da administração municipal pelo fato do pronto-socorro pertencer ao município.
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