Pais de crianças achadas em veleiro respondem por abandono de incapaz
Os pais das três crianças holandesas que foram encontradas sozinhas num veleiro na Baía de Guanabara, no Rio, na noite de terça-feira (26), vão responder por abandono de incapaz. O casal foi levado para a 14ª DP (Leblon), mas foi liberado após pagar fiança de R$ 1.000 e, por enquanto, não pode deixar a cidade. O cônsul da Holanda assinou um termo de responsabilidade para que as crianças pudessem ficar com os pais.
Segundo a polícia, a família estava viajando pelo mundo e chegou ao Brasil no sábado (23). Os pais contaram à polícia que jantaram com os filhos e os deixaram na embarcação que está ancorado na área do Iate Clube do Rio, na Urca, também Zona Sul. Depois, pegaram um bote e foram se encontrar com amigos, que estavam em outro barco ancorado na mesma região.
O resgate
As crianças foram encontradas por pescadores, na altura da enseada de Botafogo, na Zona Sul, que ouviram o choro dos menores, entre eles um bebê de 7 meses, e chamaram os bombeiros do Grupamento Marítimo de Botafogo. Elas estavam sozinhas no barco. O Corpo de Bombeiros usou duas lanchas para chegar ao local e retirar as crianças do mar.
"As crianças estavam gritando e chorando bastante. Elas estava fechadas dentro do veleiro", explicou o tenente Cássio Julian da Silveira, do Gmar. Ele disse ainda que os pais pareciam assustados com a situação.
Os bombeiros levaram as crianças para o prédio do Iate Clube do Rio. "Várias mães ajudaram, ficaram com as crianças dando atenção, colo, carinho", contou Aldevio Leão, diretor do Iate Clube.
Os pais só chegaram 40 minutos depois. Uma sócia do clube ajudou como intéprete e ficou surpresa com o comportamento do casal. "Ele falou que deixou os filhos dentro da cabine, com o rádio de barco e ele com outro rádio num outro lugar e que o filho iria se comunicar com ele", diz a estilista Maria Cristina Flynn
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