Em nota, o MP informou que o promotor de Justiça Mauro Rockenbach apura a possibilidade de que "os dirigentes usavam uma empresa de fachada, a qual instituíram com o propósito único de emitir notas fiscais de prestação de serviços à Fundação Conesul. Estas notas fiscais serviam apenas para amparar a prestação de contas fraudulenta, já que nenhum serviço foi realizado."
O promotor também investiga irregularidades em concursos, como venda de gabaritos e favorecimento de candidatos. Em nota, o MP informou que, segundo a legislação brasileira, os diretores de fundações não podem ser remunerados e os lucros das mesmas têm de ser aplicados na própria fundação.
De acordo com o coordenador da Procuradoria de Fundações, o procurador de Justiça Antônio Carlos de Avelar Bastos, foram pedidos as quebras dos sigilos bancário e fiscal dos investigados. Uma ação cautelar cível foi ajuizada solicitando o afastamento liminar dos diretores da fundação, a realização de perícia contábil, a implantação de auditoria independente. O procurador também pediu a indisponibilidade dos bens móveis e imóveis deles, com vistas à recomposição do patrimônio da instituição e, se for o caso, o ressarcimento do prejuízo ocasionado.
A fundação foi procurada pela reportagem do G1, mas os responsáveis não foram encontrados para comentar o caso.
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