Sequer conheço os empresários do ramo, reage Riva sobre acusações

Sob o argumento de que está apenas exercendo sua função de parlamentar, o presidente da Assembleia José Riva (PP) se defende das acusações do Jornal Folha de S. Paulo de que faria parte de um esquema de lobby envolvendo empreiteiras e fabricantes de equipamentos ferroviários. Conforme a reportagem, eles estariam pressionando gestores de todas as 12 cidades-sede da Copa de 2014 para mudar a escolha do BRT para o VLT, como novo sistema de transporte coletivo. "Eu sequer conheço algum empresário que trabalhe neste ramo", dispara Riva.

O progressista ainda acusa os defensores do sistema rodoviário de serem os verdadeiros lobistas. "A própria Folha sabe que o VLT é muito mais moderno", ressalta. Esta não é a primeira vez que Riva denuncia a existência de lobby à favor do primeiro modal escolhido pela Agecopa. No início das discussões sobre a mudança para o VLT, o deputado afirmava que empresas de ônibus faziam pressão pelo BRT.

Além dele, o presidente da Agecopa Eder Moraes também afirmou a existência de grupos interessados na implantação do sistema que utiliza os ônibus. Segundo ele, são pessoas ligadas aos setores de produção de biodiesel e pneus. Eder preferiu, no entanto, não se estender sobre o assunto. Se limitou a garantir que sua postura a cerca da escolha entre os dois modais será baseada em critérios técnicos.

Nesta quarta (27) Eder se reúne com os ministros das Cidades, Mário Negromonte, do Esporte, Orlando Silva, e do Planejamento, Paulo Bernardo, para apresentar o estudo de viabilidade do VLT e tentar cooptar os R$ 450 milhões que haviam sido destinados ao BRT para a implantação do modelo sobre trilhos.