Grupo que busca desaparecidos do Araguaia encontra ossada no TO
Os peritos ainda não identificaram se a ossada é de homem ou de mulher. Um estudo inicial deve ser feito na quinta-feira (28) e, caso a perícia identifique indícios (idade e altura, por exemplo), os ossos serão recolhidos para estudos mais aprofundados.
A equipe ainda considera a descoberta "frágil", já que as buscas estão sendo feitas em um cemitério da cidade.
As escavações começaram nesta semana, em áreas onde corpos foram enterrados sem identificação.
Relatos de moradores da região colhidos pelo Grupo de Trabalho Araguaia indicam que integrantes da guerrilha foram enterrados ali após serem mortos por homens do regime militar, na década de 70.
A equipe é coordenada pelos ministérios da Defesa e da Justiça e pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência.
A ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos) visitou o trabalho nesta quarta-feira.
Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, a ministra disse que, antes de virar uma página, o Brasil precisa ler o que está escrito nela. Afirmou ainda que as autoridades de hoje também são responsáveis pelos atos do passado.
A guerrilha ocorreu entre o sul do Pará e o norte do Tocantins --que na época integrava o território do Estado de Goiás-- e foi o maior foco da luta armada contra a ditadura. No ano passado, a Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou o Brasil pelo desaparecimento de 62 pessoas no episódio.
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