Pagot não cumprirá "quarentena" para retornar à iniciativa privada
O ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, disse que não irá cumprir a "quarentena" imposta a servidores públicos porque tem que pagar suas contas. Pagot foi exonerado na última segunda-feira (25) por vontade própria após acusações de que recebia propina de empreiteiros.
A decisão de Pagot pode acarretar prejuízos no futuro. O decreto número 4.187/2002 determina que ocupantes de cargos chamados de DAS-6, entre outros, ficam impedidos de exercer atividades ou de prestar qualquer serviço no setor de sua atuação por um período de quatro meses, contados da exoneração. Quem descumprir a norma pode sofrer uma advertência, o que pode prejudicar seu retorno ao serviço público.
Até poucos dias atrás detentor do cargo mais importante no governo federal entre os representantes da política mato-grossense, Luiz Antonio Pagot afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que recebeu propostas de trabalho de empresas privadas, principalmente no setor de hidrovias.
Segundo o Ministério dos Transportes, Pagot cancelou suas férias, que iriam até o dia 4 de agosto, e solicitou à presidente Dilma Rousseff sua exoneração. Com a saída de Pagot, o governo espera encerrar a pior parte da crise que há 24 dias assola a pasta.
O Ministério dos Transportes é alvo de suspeitas de corrupção após reportagem da revista "Veja", no dia 2 de julho, revelar um suposto esquema de pagamento de propinas em obras federais da pasta.
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