Em junho deste ano foram abatidas 199.019 fêmeas, enquanto que em 2010 chegou a 120.455 animais. No semestre, o abate de fêmeas também teve crescimento, de 824.462 para 1,140 milhão neste ano. Esses números influenciaram o abate total de animais, que teve aumento de 2% no semestre, de 2,252 milhões para 2,299 milhões de cabeças. No mês, o acréscimo foi de 3%. Em junho deste ano foram abatidos 381.863 animais, ante a 372.206 no ano passado.
O superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, confirma que o aumento no abate de fêmeas é em decorrência da morte das pastagens. “A seca e as pragas influenciaram essa condição”. Uma pesquisa feita pelo Imea apontou que 57% dos entrevistados disseram ter problemas nas pastagens. A área degradada no estado, de 2,231 milhões de hectares, representou 8,6% da pastagem total mato-grossense, de 25,8 milhões de hectares.
Conforme Vacari, os prejuízos podem ser maiores se persistir o aumento no abate de fêmeas até o final deste ano. “Nos próximos três ou quatro anos o rebanho pode diminuir”, avaliou. Outro problema é a redução da oferta de carne no varejo que, consequentemente, aumenta o valor cobrado do consumidor. O superintendente da Acrimat destaca que o aumento dos preços nas gôndolas de supermercados costuma ser bem maior que aqueles praticados no campo.
Comentários