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Ciência
Sexta - 29 de Julho de 2011 às 08:08

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O "não" da sociedade para o casamento civil entre homossexuais confirma o preconceito ainda presente. A avaliação é do professor do Núcleo de Estudos da Violência e da Cidadania (Nievci) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Naldson Ramos. Apesar de as pessoas destacarem não terem preconceito, elas continuam a "negar" direitos que já estão previstos no entendimento da mais alta corte do país. O abismo entre o que se fala e aquilo que se faz ainda é grande e um período de transformação social deve acontecer para sensibilizar as pessoas.

A resistência maior entre os homens ocorre devido ao machismo. O pensamento reacionário é encontrado facilmente entre eles e no caso delas, se encontra diluído. O processo de desenvolvimento e educação recebidos pela mulher proporcionam uma maior aceitação. "Isso é natural, que as mulheres sejam mais atentas a esse novo momento histórico", considera Naldson, que avalia a cultura masculina com pensamentos mais arraigados e difíceis de serem mudados.

As transformações sempre são mais acompanhadas pelas mulheres, devido às próprias mudanças pelas quais esse sexo passou ao longo da história. A inserção no mercado de trabalho, independência financeira e pessoal gerada a partir do trabalho, ajudam neste momento em que o diferente é estar se relacionando com pessoas do mesmo sexo.

Positivo - O nível de escolaridade e classe econômica são determinantes para a abertura de espaço aos casais homossexuais. A pesquisa aponta que a aprovação ao casamento é maior entre pessoas mais escolarizadas e com maior renda familiar.

Na situação em que o melhor amigo se revela homossexual, 72% dos entrevistados da região Centro Oeste/Norte afirmaram que não se afastariam da pessoa por causa da revelação. Quando um servidor público ou médico é homossexual, 58% das mesmas regiões afirmaram ser a favor. (AA)





Fonte: A Gazeta

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