O advogado de defesa da fazendeira, Renê Siufi, disse que as armas apreendidas pertencem ao tio de Beatriz e que estavam guardadas a pedido dele.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Alexandre do Nascimento, dois revólveres e uma espingarda foram encontrados no quarto de Beatriz, o que motivou o flagrante. A PF e o Ibama cumpriram ao todo seis mandados de busca e apreensão em três cidades de Mato Grosso do Sul e em uma de Mato Grosso, como desdobramento da Operação Jaguar 2, deflagrada em maio deste ano. À época, as investigações apontaram a existência de um vídeo registrando safáris ilegais no pantanal, com matança de onças pintada e parda.
O delegado afirmou que, no dia 10 de julho, pediu a prisão preventiva de Beatriz Rondon, do caçador Antônio Teodoro, conhecido como Tonho da Onça, de um piloto de avião e de estrangeiros que participavam do safári. Entretanto, os pedidos foram negados pela Justiça. Apenas os mandados de busca e apreensão foram autorizados, segundo Nascimento.
Siufi diz que a cliente nega as acusações de participação e promoção dos safáris em que havia matança de onças. Afirma ainda que as peles de animais - apreendidos na operação passada - são antigas.
No trecho do vídeo onde aparece a matança de uma onça-pintada, o advogado confirma que as imagens foram produzidas na propriedade de Beatriz. "Quando o vídeo foi gravado, ela ainda não participava da ONG de proteção às onças, e na ocasião ela havia sido apenas convidada para uma caçada. Mas ela não organizou e nem praticou a caça e matança de onças em sua propriedade", afirmou o advogado.
Beatriz Rondon foi transferida para a sede da Polícia Federal em Campo Grande. O crime é afiançável.
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