Morte do prefeito continua sem solução 1 semana depois
Investigações sobre a morte do prefeito de Novo Santo Antônio (1.063 Km nordeste de Cuiabá) Valdemir Antonio da Silva, (PMDB) o "Quatro Olhos", ainda estão na estaca zero, mesmo com 14 pessoas já ouvidas pelo delegado do caso, Wilyney Borges. O crime ocorrido no dia 23 completa uma semana neste sábado (30) e o único fato concreto é a prisão de um suspeito que não é morador da região e foi preso 2 dias depois assaltando a um mercado de uma cidade vizinha com um revólver calibre 38, ou seja do mesmo tipo da arma que foi usada para matar o gestor com 3 tiros dentro de sua casa.
Enquanto o suspeito continua preso em Ribeirão Cascalheira (900 Km a leste de Cuiabá) a arma está em Cuiabá para ser periciada. “ Ele possui algumas características físicas, semelhantes as narradas por testemunhas que dizem ter visto o assassino fugindo em uma moto com outro homem, mas é preciso aguardar o exame de balística na arma”, diz o delegado ao completar que familiares também negaram que Quatro Olhos tivesse contraído dívidas de agiotas, e por esse motivo essa hipótese é bastante remota.
Wilyney também garante que boatos de que familiares da vítima acusam o atual prefeito, empossado no cargo após a morte de Valdemir, não foram citados durante os depoimentos. “Formalmente eles não acusam ninguém, apenas pedem que o caso seja solucionado o mais rápido possível”. Também confirma que existiam atritos político entre a vítima e seu vice, Geraldo Vitor de Freitas, o Negão (PTB), por isso existem especulações de que Freitas, agora prefeito, pudesse estar envolvido. “Mas as investigações até o momento não provam nada, tanto que ele nem foi ouvido ainda”.
Entenda o caso: O prefeito foi executado dentro de casa quando foi fechar a porta que tinha esquecido aberta após retornar de uma festa. Dois filhos dele, ambos menores presenciaram o crime, mas viram apenas a arma e mão do assassino que fugiu em seguida em uma motocicleta. A esposa, Raimunda Noleto, secretária de Assistência Social do município, não presenciou o crime pois estava em viagem para Cuiabá e chegou na mesma noite meia hora após o assassinato.
Existem suspeitas de crime político, porque no início do ano, Quatro Olhos chegou a ser afastado do cargo em 2010 por 90 dias, acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de supostos atos de improbidade administrativa. Mas conseguiu na Justiça, uma liminar para desbloquear os bens no valor R$ 96,7 mil e retornar ao cargo no começo deste ano.
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