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Polícia
Sábado - 30 de Julho de 2011 às 08:13
Por: Silvana Ribas

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Uma menina de 8 anos era abusada pelo primo de 15 e o caso só foi descoberto porque o pai da criança chegou em casa mais cedo do trabalho, depois de conseguir uma carona. O abuso foi denunciado pelo pai da vítima A.C.S. que flagrou o sobrinho seminu, enrolado em uma toalha e deitado na cama do casal. A menina estava ao lado do abusador, que estava com as mãos dentro da calcinha dela, praticando atos libidinosos.

Depois de se recuperar do choque, o pai da criança conversou com a menina, que confirmou não ser a primeira vez que isso acontecia e sim a terceira.

Disse ainda que o primo havia beijado ela na boca em outras ocasiões. A menina disse que não revelou nada aos pais por medo de apanhar. A família acredita que ela vinha sendo ameaçada pelo abusador.

Quando os policiais militares chegaram à residência, no bairro Altos da Boa Vista, o jovem já havia fugido. O adolescente W.A.O., 15, havia ido até a casa da avó dele, que reside no mesmo bairro. De lá foi encaminhado para a Central de Flagrantes, ouvido e liberado aos familiares.

A família da criança está revoltada. O pai disse que há pouco mais de 30 dias acolheu o sobrinho, que mora no interior do Estado. O rapaz, a pedido da família, ficaria na casa dos parentes para poder dar prosseguimento aos estudos e procurar um trabalho. O pai da menina alegou que não desconfiava de nada e que ficou chocado ao se deparar com a cena de abuso, dentro de seu quarto e tendo como autor o familiar acolhido por ele. Revelou que teve que se segurar para não fazer uma besteira, que acabaria estragando sua vida.

Assegurou que não quer mais saber do sobrinho na casa e quer que ele seja punido. Tanto ele como a esposa suspeitam que os abusos possam ter ido muito mais longe, por isso quer que a menina passe por exames mais detalhados para confirmar se houve ou não conjunção carnal. O adolescente e os familiares foram ouvidos e os procedimentos serão encaminhados para a Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança (Deddica) e para a DEA. Somente este ano, entre janeiro e junho, a DEA registrou 15 casos de adolescentes acusados de estupro.

Dados divulgados em um seminário sobre os 21 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sobre o tema da exploração sexual de crianças e adolescentes, mostrou que a região Centro-Oeste lidera, proporcionalmente, o número de denúncias, com mais de 63 para cada grupo de 100 mil habitantes. Em seguida, estão as regiões Norte (57,99), Nordeste (54,83), Sul (42,34) e Sudeste (35,23). O levantamento foi feito em maio pela Secretaria de Direitos Humanos (Sedh) da Presidência da República.
 





Fonte: A Gazeta

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