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Política
Domingo - 31 de Julho de 2011 às 13:33
Por: Débora Siqueira

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A decisão do empresário e ex-prefeito de Rondonópolis, Adilton Sachetti (sem partido), se entra ou não no páreo para disputar as eleições municipais 2012 é aguardada com muita expectativa pela população da cidade. Pesquisa informal de um site local aponta o empresário disparado na preferência dos eleitores. Nas rodas de conversa onde o assunto é política, a população cobra o retorno de Sachetti, reconhecido como bom gestor depois de perder a eleição, em contraponto ao atual chefe do Executivo, Zé Carlos do Pátio.

Adilton Sachetti seria sabatinado na sexta-feira (29) num programa popular de TV sobre o futuro político, mas esqueceu do compromisso, chegou ao final do programa e garantiu que participa do programa na segunda-feira (01). Ao Olhar Direto, o empresário afirmou que ainda não tomou uma decisão. “Posso disputar, assim como não posso. Essa definição será tomada depois do dia 15,  20 de setembro. Esse assunto ainda está em aberto”.

A mesma razão que motiva Sachetti disputar a prefeitura é a mesma que o deixa receoso e o faz analisar se vale ou não a pena entrar na briga. “Fico feliz com a percepção e com o arrependimento de muitas pessoas de não ter votado em mim, mas também se cria uma expectativa muito grande e a cobrança se eu não atender o que as pessoas esperam de mim”.

Também pesa o fato os laços estreitos que mantém com o senador Blairo Maggi (PR) e o diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit), Luiz Antônio Pagot. Os escândalos do PR, o caso do superfaturamento dos R$ 44 milhões de maquinários da Sinfra, as denúncias contra André Maggi, pai do senador, que saíram na imprensa nacional possam ser utilizadas no vale tudo das campanhas eleitorais. “Isso é um ponto a ser analisado mesmo. O próprio Maggi também deve estar repensando sua vida após essas acusações infundadas”.

Sachetti ainda ponderou que agora que dirige uma empresa em Cuiabá,  se fixou na capital depois de deixar o paço municipal, e a família precisa ser consultada sobre uma possível campanha eleitoral. “Acho que não passa pela cabeça da minha esposa voltar a ser primeira-dama, mas é o assunto que precisa ser debatido com a família”.

Mágoas e arrependimentos

Um dos pontos que ele reconhece ter sido importante na derrota sofrida nas urnas em 2008 foi a resposta a uma senhora durante uma inauguração de asfaltamento em um conjunto de bairros da cidade. “Ela cobrou que a Coder (Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis) jogasse água na rua da casa dela porque não tinha asfalto. Eu respondi que não molho rua de ninguém. Rondonópolis tem muitas ruas sem asfalto e qual o critério eu usaria para beneficiar só a rua dela?”.

A resposta seca lhe custou caro, mas ele diz que não se arrepende porque agiu com justiça. A única mágoa que sente é por ter apostado que a população iria ponderar sobre ações e obras e não pelas características evidenciadas pelo adversário como grosseria e arrogância. “Eu deveria ter percebido outras estratégias. Dizer que isso não machucou é hipocrisia. Mas essa derrota contribuiu para o amadurecimento da sociedade de Rondonópolis porque hoje as pessoas fazem essa comparação e reconhece a minha gestão”.


 






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