Consumidor erra no descarte de remédios vencidos, conclui pesquisa
Uma pesquisa sobre o descarte de remédios vencidos trouxe um número preocupante: 70% dos consumidores não se livram desses medicamentos de forma correta. Remédio vencido não é lixo comum, mas o que quase ninguém sabe é como se livrar dele. Sete em cada dez consumidores jogam no lixo comum, de acordo com o estudo da Faculdade Oswaldo Cruz, o que é uma atitude perigosa. Alguém pode encontrar e usar esse remédio vencido.
Outros consumidores jogam o conteúdo líquido no vaso sanitário. “Também não é recomendado, porque o esgoto, apesar de ser tratado, vai contaminar o meio ambiente”, afirma Simone Lisot, superintendente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo.
O aposentado Vanderlan de Souza Brito encontrou uma solução: devolver na farmácia. Outro jeito correto de descartar remédio vencido é entregá-lo em uma Unidade Básica de Saúde (UBS).
Uma farmácia municipal, no bairro do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo, tem um armário reservado para guardar remédios vencidos entregues pela população. O local fica sempre trancado, e está praticamente vazio. Faz uma semana que ninguém entrega um medicamento fora do prazo de validade.
Todo o remédio vencido que chega é separado e encaminhado para incineração e depois para um aterro, medida ideal para não prejudicar nem as pessoas nem o meio ambiente. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criou uma página especial para auxiliar quem deseja descartar remédios de forma adequada e não sabe como.
“A população não tem a noção do risco que é desprezar a medicação no lixo. Nós temos a certeza de que a medicação vai ser entregue em um local certo”, afirma o farmacêutico Sílvio de Faria.
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