O rapaz ficou cinco dias em uma barraca, no meio da propriedade do pai , em Vila Bela
Vereadora planejou sequestro de filho de fazendeiro

O Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil, apontou a vereadora Janine Elizabeth Francisco Veloso (PR), 22, de Vila Bela da Santíssima Trindade (521 km a Oeste de Cuiabá), como a mentora do seqüestro do filho de um fazendeiro da região. Em entrevista, na manhã desta segunda-feira (1º), o delegado Flavio Stringueta revelou detalhes do crime.

Segundo ele, o carro da vereadora era utilizado para dar suporte ao grupo. Janine levava mantimentos até o cativeiro e todo o contato mantido com a família do rapaz era por um celular da parlamentar.

Janine foi presa quando levava um pneu de uma moto para um dos seqüestradores. Na bolsa da parlamentar, foram encontradas munições e uma arma de fogo. Ela já tem passagens na Polícia por tráfico de drogas.

Segundo o GCCO, o seqüestro iniciou no dia 24 de julho (domingo), quando um grupo de cinco pessoas armadas e encapuzadas invadiu a propriedade rural Brejo Alegre. Não conseguindo subtrair valores dos proprietários da fazenda, os bandidos tomaram o filho do proprietário como refém.

Antônio Neves, 35, ficou cinco dias em poder dos seqüestradores, alojado em uma barraca, no meio da propriedade do pai. O grupo exigia um resgate no valor de R$ 300 mil.

Ao serem informados de um seqüestro na região, uma equipe do GCCO, liderada por Stringueta, acompanhada de cinco investigadores e uma escrivã, se deslocou até Vila Bela. Auxiliados pela Polícia Civil locae e de Pontes e Lacerda, os policiais conseguiram libertar o refém, sem pagamento de resgate, e prender a quadrilha.

Além da vereadora Janine, foram presos: Edir Cambará Silva, mãe do amante da vereadora, que esta foragido, Valdir José Silva, esposo de Edir, Virgilio Surubi Pedraça, José Martins Surubi, Ivaldo Rosali Surubi. Valmor Santos da Silva, namorado da vereadora, é procurado pela Polícia.

Todos os presos irão responder por extorsão mediante seqüestro, crime que pode render uma prisão de 12 a 20 anos.