Ele foi preso com uma pistola do mesmo calibre, mas acusou outra pessoa pela autoria
"Picapau" diz que autor de assassinato é o "Baby"

Um dos suspeitos detidos pela Polícia Civil com uma pistola calibre 380mm, no último sábado, Luan Alves dos Santos, o "Picapau", de 19 anos,  disse a policiais que "todo mundo no bairro" sabe que o autor do assassinato do jornalista Auro Ida é o rapaz conhecido como "Baby", detido dias após o crime.

Beibe, no entanto, não foi reconhecido pela única testemunha do crime, a namorada de Auro, de nome Bianca Naiara e, por isso, foi liberado.

Segundo Luan, que se apresentou ontem na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele nunca emprestou a pistola e não sabe porque ela é apontada como a suposta arma do crime.

O jovem também negou ter participou do crime. A testemunha do assassinato e namorada da vítima, a jovem Bianca Naiara esteve na Delegacia e não reconheceu Luan como sendo o executor de Auro Ida. Como não havia provas de sua participação, Luan foi liberado.

A pistola, mesmo assim, foi encaminhada para o exame de balística, cujo resultado vai confirmar ou não que foi daquela arma que partiram os seis tiros que mataram o jornalista.

O crime ocorreu no dia 22 à noite em frente da casa de Bianca, quando o casal conversava, por volta das 23 horas, carro de Auro, um Pálio prata.

O delegado Antônio Carlos Garcia, titular da DHPP, informou que, caso o exame de balística seja positivo, Luan será indiciado como participante do assassinato. "O exame deverá estar pronto em dez dias", informou.

Além de "Baby", a polícia investiga também um adolescente que namora uma ex-garota com o qual o jornalista teve um caso por cerca de quatro anos. Ciumento, o adolescente já teria matado outro rapaz, conhecido como "Milan", justamente por ciúmes da mesma garota com o qual tem um caso.

"O reconhecimento, neste caso, só deve ser feito através da voz, pois o local do crime estava totalmente escuro. Se hoje mostrássemos a foto de qualquer suspeito isso não seria possível. Então, temos que aguardar a sua localização (do adolescente)", explicou.