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Política
Terça - 02 de Agosto de 2011 às 15:33

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O prefeito "biônico" Chico Galindo (PTB), como é possível notar em várias de suas fotos na imprensa, adora sorrir. Se tem crise na saúde, na educação e na coleta de lixo, ele nada faz. Apenas sorri. Se há problemas na manutenção de Cuiabá, com ruas esburacadas e trânsito caótico, não tem problema... Vamos dar risada!

Talvez, por isso, o que se nota em poucos meses de sua gestão autônoma, após herdar o Palácio Alencastro de Wilson Santos (PSDB), conseguiu o improvável: se transformar em uma unanimidade negativa, colocar a população nas ruas para protestar contra a ingerência de seu fraco governo e prejudicar, concretamente, o desenvolvimento da Capital.

Além da falta de pulso e visão estratégica sobre o que seja realmente importante para a sociedade, Galindo vai além em suas "bolas foras". 

Um exemplo é que a Capital acaba de perder R$ 35 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) por conta de sua idéia de privatizar a Sanecap.

A informação foi confirmada pela Caixa Econômica Federal. Outros R$ 320 milhões também poderão deixar de ser investidos no saneamento de Cuiabá se o prefeito e sua "intrépida trupe" insistirem no tema da privatização - ou concessão, como eles preferem.

Resumindo: Chico Galindo, além de não ajudar, atrapalha o desenvolvimento de Cuiabá. Pior: conseguiu atrair a ojeriza da maioria dos cidadãos.

Como disse o jornalista Roberto França, em seu Resumo do Dia, há tempos Cuiabá não via uma manifestação tão forte como a que se transformou, na semana passada, em um palco de batalha entre cidadãos contrários à privatização da Sanecap e a polícia militar, em frente à prefeitura.

Munidos de baldes com água, os manifestantes foram recebidos a balas de borracha pela PM. Estudantes, sindicalistas, funcionários da Sanecap e tantos outros contrários à manobra que culminou na aprovação da lei que prevê a concessão, mais que externar suas insatisfações, mostraram o quanto um gestor público pode estar equivocado.

Galindo, que sequer pode ser considerado neófito na política, deu uma demonstração do quanto é despreparado, mal assessorado e inconsequente como prefeito.

Não bastasse a desfaçatez de seu esquema montado - e executado - para aprovar a lei, que contou com a participação fundamental do vereador Júlio Pinheiro e mais outros cupinchas, Galindo mostrou que, quando o assunto é democracia, ele pouco entende.

Ao declarar, reiteradas vezes, que partiu dele a estratégia de aprovar a lei da concessão, e elogiar, publicamente, os vereadores ("corajosos" e "inteligentes" foram alguns dos termos utilizados), o prefeito simplesmente ignora que esse tipo de política é extremamente repudiado pela sociedade.

Democracia em baixa

Vivemos em uma época em que o debate, o contraditório, a satisfação e o diálogo são fundamentais. Não há mais espaço para manobras rasteiras e golpetes como o patrocinado por Galindo. O cidadão quer, merece e tem o direito de ser ouvido, de se fazer importante, de ter voz ativa em um processo tão sensível como o que autoriza a concessão dos serviços de distribuição de água em Cuiabá.

O fato de ter saído de férias, e jogar a triste missão ao vereador Júlio Pinheiro, pode ser encarado como mais um lance de desfaçatez de Galindo. Ou seria covardia? Pois enquanto se deliciava com as iguarias portuguesas, onde passou férias, o pau comia solto por aqui.

Para piorar a situação do nobre prefeito, o vereador Lúdio Cabral (PT), uma das vítimas da armação de Galindo, procurou a Justiça e obteve sucesso em seu pleito de cancelar, liminarmente, a aprovação da Lei. Aplausos ao juiz César Bassan, da 1ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá

Infelizmente, ao que tudo indica, Cuiabá, assim como Várzea Grande, vai acumulando gestões mal sucedidas na Prefeitura. Wilson Santos pouco fez para a Capital, exceto muito marketing e projetos menores, incapazes de organizar e impactar profundamente a cidade.

Galindo, para o bem e para o mal, corre o risco de nem isso fazer: do jeito que anda sua administração, o melhor que os cuiabanos fazem é sorrir - e rezar para que o tempo passe logo. E, em 2012, um prefeito, de fato, possa se eleger e começar a trabalhar de maneira decente pelo desenvolvimento e ordem em nossa Cuiabá.

Ah, e que não seja adepto da arte de dar sorrisinhos enquanto o mundo desmorona...






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