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Polícia
Quarta - 03 de Agosto de 2011 às 10:27
Por: Alline Marques

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A Ordem dos Advogados do Brasil – seccional de Mato Grosso (OAB-MT) tem sido barrada de acompanhar a investigação relacionada ao assassinato do jornalista Auro Ida, executado com seis tiros no dia 21 de julho no bairro Jardim Fortaleza, em Cuiabá. O advogado Ussiel Tavares, nomeado para monitorar o andamento do inquérito, estranha a falta de informação e considera o fato preocupante.

Segundo Tavares, até agora não foram repassadas informações sobre a investigação, nem mesmo dos depoimentos da namorada, principal testemunha do caso, e dos dois suspeitos detidos pela Polícia Militar. Há ainda informações de que uma arma apreendida no fim de semana seria a usada no crime, mas Ussiel ressalta não ter sido comunicado.

“Não sei de nada e prefiro acreditar não ter um motivo especial para isso, mas é preocupante. Fui nomeado pela OAB-MT para acompanhar o caso e o ofício foi entregue para o secretário (Diogenes Curado – Segurança Pública), mas até agora não fui comunicado de nada. Estranhamos, já que temos um compromisso com o secretário”, afirmou em entrevista ao Olhar Direto.

Sobre o fato da resistência de Diógenes em pedir ajuda à Polícia Federal também é preocupante. “Não estamos falando para a PF assumir as investigações do crime, mas se você tem uma polícia com recursos avançados e especializados, porque não pedir ajuda?”, questionou.

Ussiel está em contato com o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso (Sindjor-MT) e já organiza uma nova visita ao secretário na quinta-feira (4) para obter informações. As investigações têm sido atrapalhadas pela greve dos investigadores da Polícia Civil, mesmo assim, o governado Silval Barbosa (PMDB) já havia solicitado urgência.

Outro lado

O delegado titular de Homicídios, Antônio Garcia, ficou irritado com a declaração de Ussiel e declarou que caso queira é só ir na delegacia e olhar o inquérito. "Não devemos satisfação para a OAB. O presidente do inquérito é o delegado e é ele que tem de saber das investigações e o Ministério Público Estadual (MPE) e o promotor que pode solicitar deligências, caso contrário, não temos que dar satisfação", ressaltou.

Segundo Garcia, a OAB não tem competência para "mandar nas investigações" e caso queira obter informações ou colaborar com informações pode ir à delegacia.  "Se ele quer participar e acompanhar porque ele não foi lá (delegacia). Quem quer procurar vai atrás", afirmou.

 






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