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Política
Sexta - 05 de Agosto de 2011 às 09:22
Por: Débora Siqueira

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O presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Rondonópolis, vereador Mohamed Zaher (PR), vai solicitar à Polícia Federal o depoimento da chefe do almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde, Fabiana Gouvêa, para confrontar as informações repassadas por ela no parlamento. A servidora foi presa durante a Operação Saúde, deflagrada pela Polícia Federal do Rio Grande do Sul em 16 de maio.

As investigações da Polícia Federal junto com a Controladoria Geral da União (CGU) tiveram início há dois anos e consistiu em interceptações telefônicas, quebra de sigilo e obtenção de imagens para desbaratar esquema de favorecimento a uma empresa fornecedora de medicamentos em sete estados brasileiros. Além da servidora de Rondonópolis, foram detidas na época duas pessoas em Cuiabá, quatro em Barra do Bugres, onde o diretor do Hospital Municipal foi preso, dois em Mirassol d’Oeste. No país, 64 pessoas foram presas.

A servidora está afastada do cargo há dois meses. Ela se tornou suspeita para a Polícia Federal após conseguir junto à empresa Sulmed, investigada na Operação Saúde, a entrega antecipada de medicamentos antes do fim do processo licitatório. Além disso, a Polícia Federal suspeitou dos valores depositados na conta bancária da funcionária.

Ocorre que a servidora alega que vendeu precatórios em nome da mãe e por isso o dinheiro constava na conta bancária dela. “Agora ela precisa provar a venda desses precatórios. Se ela fizer isso, o assunto dá por encerrado”, comentou Zaher. A funcionária prestará novo depoimento na Câmara e conforme o resultado, a comissão poderá propor ou não uma CPI.

O secretário municipal de Saúde, Valdecir Feltrin, não exonerou do cargo para não cometer injustiça, obedecendo ao princípio constitucional da presunção da inocência. A alegação é de que até hoje não foi provado nada contra a servidora, mas apenas suspeitas porque ela conseguiu antecipar medicamentos antes do fim do processo de licitação para que não faltasse medicamentos na rede municipal e pela quantia que ela dispunha na conta bancária.






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