Dilma agora procura conter rejeição de militares a Amorim
Esta foi uma tentativa de neutralizar resistências ao nome do novo ministro da Defesa, Celso Amorim.
Leonardo Munhoz/Mandel Ngan/Efe/France Presse |
Celso Amorim (à dir.) substituirá Nelson Jobim (à esq.) no Ministério da Defesa; a posse deve ocorrer na segunda (8) |
A presidente foi rápida e formal. Confirmou a saída do ministro Nelson Jobim e a chegada de Amorim, ratificou o convite para que fiquem e determinou à cúpula militar e subordinados que fiquem em silêncio. Não quer qualquer tipo de manifestação da tropa quanto à troca.
Ainda na sexta-feira, porém, o general Augusto Heleno, porta-voz informal do Exército, disse que a troca na pasta "não tem impacto nem trauma, porque troca de comando é rotina para nós".
"PÁGINA VIRADA"
Na Bahia, Dilma afirmou, na tarde de sexta-feira, que o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim é "página virada" no governo federal.
"Eu reconheço o trabalho que ele [Jobim] deu ao país. Infelizmente, nós esgotamos uma etapa e, por isso, passamos e viramos a página", disse Dilma no aeroporto de Petrolina (PE), em entrevista a rádios locais.
Falando como novo ministro, em palestra na UEPB (Universidade Estadual da Paraíba), em João Pessoa (PB), o ex-chanceler Celso Amorim disse que terá que ser "mais cuidadoso com as palavras" no Ministério da Defesa.
"Eu já não posso falar como um ex-ministro das Relações Exteriores. Terei que ser mais cuidadoso com as palavras para não me comprometer", disse Amorim no evento. O diplomata deve tomar posse na segunda-feira (8)
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