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Polícia
Sábado - 06 de Agosto de 2011 às 12:30
Por: Priscilla Vilela

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Familiares do vendedor ambulante Gilson Silva Alves, morto em uma suposta ‘operação’ da Polícia Civil, há dois meses, que também resultou na morte dos policiais Edson Leite e João Osni Guimarães, reclamam do que classificam como descaso do governo do Estado.

Apesar do tempo corrido, até o momento, nenhum representante do Estado foi conversar com a família para dar assistência, uma vez que a vítima morreu em decorrência de um erro das investigações.

Gilson era quem sustentava a família, composta pela mulher e dois filhos, que agora passam necessidade. A viúva Joseane Carlos dos Santos, contou ao Olhar Direto, que eles estão morando na casa dos pais, onde ocorreu o "assalto" no bairro São Matheus em Várzea Grande, já que ela não trabalha e não há mais o salário do esposo.

Além das dificuldades financeiras, a família segue emocionalmente abalada e até o momento não teve nenhuma oportunidade de sequer conversar com um psicólogo. Para Paulo Anunciação Alves, o Estado, na pessoa do governador Silval Barbosa (PMDB), como chefe de Estado, tinha que obrigação de oferecer auxílio, já que Gilson foi morto por um erro de servidores públicos durante o serviço.

“Nós ajudamos a eleger o governador, votamos nele, e agora que precisamos, ele não dá nenhuma assistência pra gente”, reclama. Não bastasse o desamparo, Paulo diz ter medo da ação dos bandidos que, segundo ele, seriam sobrinhos de João Osni e que moram no mesmo bairro onde está a viúva e os sobrinhos. “Ficam querendo questionar como que um vendedor tinha carro, casa. A gente fica com medo”, salienta.

Relembre o caso

No dia 23 de maio deste ano, os policiais Edson Leite e João Osni foram até o posto 2006 na Rodovia dos Imigrantes, para cumprir uma investigação contra um ladrão de carretas. Lá, estava o então suspeito, Gilson Alves, que foi morto a tiros após um confronto com os policiais. Mais tarde, a versão de que o ambulante fosse o acusado pelo crime caiu por terra, e foi constatado que os investigadores cometeram um erro durante a abordagem.

A investigação sobre a operação desastrosa está parada, já que a PJC está em greve por tempo indeterminado. Funcionários do posto e familiares da vítima foram ouvidos, porém, a versão oficial da polícia consta que Gilson estava sendo investigado e ao avistar os policiais no posto, saiu correndo, entrou em luta corporal e acabou efetuando disparos. A delegada Sílvia Pauluzzi da Delegacia de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) está comandando o caso.

 






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