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Polícia
Quinta - 24 de Outubro de 2013 às 13:59

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Reprodução Internet
O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, acusado de mandar matar Sávio Brandão
O ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, acusado de mandar matar Sávio Brandão
 A família do empresário Domingos Sávio Brandão de Lima Júnior não tem dúvida de que o ex-bicheiro João Arcanjo Ribeiro, que chegou a Cuiabá às 16h20 de ontem, seja o mandante do assassinato. Também considera as provas anexadas no processo mais que suficientes para condená-lo no julgamento que acontece hoje (24), assim como aconteceu com os outros quatro envolvidos nesse homicídio em júris anteriores.
 
Para a irmã do empresário, Luisa Marília de Barros Lima, Arcanjo sentiu-se prejudicado financeiramente com as denúncias apresentadas por seu irmão, especialmente uma que o impediu de construir uma usina hidrelétrica em terras indígenas, na região de Tangará da Serra (239 km a médio-norte de Cuiabá).
 
Além de expor o plano de execução de uma obra ilegal, lembra Luisa, Sávio Brandão, por meio do Jornal Folha do Estado, levou a público outros crimes da organização criminosa comandada por Arcanjo, incluindo o jogo do bicho e a exploração de máquinas de caça-níqueis.
 
Luisa diz que a família estará reunida hoje, no Tribunal do Júri, para acompanhar a sessão. Ela, a mãe, dona Josefina Paes de Barros Lima, 83 anos, e Isabela Brandão, mulher de Sávio, estão dispostos a permanecer no fórum o tempo que durar o julgamento.
 
Dona Josefina, conta a filha, que mora no Rio de Janeiro, fez questão de vir para Cuiabá e diz que só sairá do Tribunal do Júri após ouvir a sentença. “Depois de tanto sofrimento, ela quer vê-lo condenado, para que Sávio e nós possamos ter paz. Também pelo filho do meu irmão, meu sobrinho, que foi privado de conhecer e ter a companhia do pai”, completa.
 
O filho de Sávio, de 10 anos, que nasceu três meses depois da morte do pai, é o único que não estará no julgamento. Entretanto, conforme Luisa, o garoto conhece a história do pai, sabe as razões e em que circunstância ocorreu o homicídio.
 
No entendimento da família Brandão de Lima, a justiça será feita se João Arcanjo for condenado a pena máxima que a legislação brasileira permite nessa modalidade de crime. “Infelizmente não há prisão perpétua no Brasil”, lamenta Luiza Lima.
 
O crime
 
Sávio Brandão foi assassinado às 14h do dia 30 de setembro de 2002, com sete tiros de pistola, quando vistoriava as obras da nova sede do Jornal Folha do Estado, no bairro Consil.
 
Dois homens em uma moto, posteriormente identificados como sendo o cabo PM Hércules Araújo e o ex-policial Fernando Belo, se aproximaram do empresário e o mataram a sangue frio, supostamente a mando do então bicheiro João Arcanjo. O serviço de pistolagem teria custado R$ 38 mil e envolvido mais dois homens, o soldado PM Célio Alves e João Leite, esses dois últimos intermediaram a contratação dos pistoleiros.

Chegada
 
João Arcanjo, que cumpre pena por crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e formação de quadrilha no Presídio Federal de Porto Velho, Rondônia, desembarcou ontem às 16h20 no aeroporto Marechal Rondon, em vôo doméstico da Gol Linhas Aéreas.





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