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Política
Segunda - 08 de Agosto de 2011 às 08:30

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Em greve há mais de um mês, os policiais civis de MT querem melhorias salariais
Em greve há mais de um mês, os policiais civis de MT querem melhorias salariais

A Casa Civil do Palácio Paiaguás divulgou, no fim da semana passada, pesquisa do Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Administração (Consad), que aponta que Mato Grosso tem a quinta melhor remuneração média para o cargo de investigador de Polícia e a oitava para o cargo de escrivão.

Segundo a pesquisa, para as carreiras de Meio Ambiente e de Trânsito, o Estado ocupa o quinto e o quarto lugares, respectivamente, em relação às outras unidades da federação. A informação foi repassada pelo secretário-chefe da Casa Civil, José Lacerda.

O secretário lembrou que, de 2007 a 2011, os escrivães e os investigadores de Polícia Judiciária Civil do Estado tiveram um aumento de 106%, baseados em lei, sobre o valor do subsídio inicial da carreira.

Já a carreira dos profissionais do Serviço de Trânsito teve um aumento médio de 37% no mesmo período, alcançando todos os cargos da categoria: técnico, agente e assistente. Assim como as outras carreiras, os profissionais do Meio Ambiente também foram contemplados com a correção da inflação nesses anos, sendo que em 2011 a mesma foi de 6,47%.

"Na linha de que o Governo de Mato Grosso vem conversando todo o tempo desde outubro de 2010 sobre esse tema, fica claro de que nunca faltou diálogo aberto", disse José Lacerda.

O secretário de Administração, Cesar Zilio, afirmou que o Governo de Mato Grosso vem concedendo aumentos salariais acima da média nacional, que é de 2%.

“Os outros Estados têm concedido aumentos que não passam de 3%. Nós estamos além disso. As carreiras estão recuperando a dignidade com os aumentos e as reestruturações das carreiras, mas o Estado concede aumento quando é possível, dentro de suas possibilidades orçamentárias”, disse Zílio.

Responsabilidade Fiscal

Segundo José Lacerda, mesmo com os aumentos concedidos em anos anteriores, o Estado não se refutou em procurar contemplar, mais uma vez, essas categorias.

“O Governo tem se reunido com as categorias desde outubro, recebendo-as inúmeras vezes, num amplo diálogo com os servidores, procurando alcançar um índice que seja favorável para ambos os lados, mas estamos no limiar do que podemos oferecer. Não podemos avançar não porque não queremos, mas por que não podemos. Estamos no limite da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse Lacerda.

Em relação às reuniões agendadas a serem realizadas na Assembléia Legislativa com as categorias, o secretário Cesar Zilio afirmou que as propostas serão reafirmadas e não haverá alterações com relação a isso.

“Não apresentaremos novas propostas. O Governo irá para a Assembléia Legislativa para manter as propostas que já foram oferecidas. O Estado já está com sua política salarial definida. Pediremos o retorno ao trabalho para as categorias para que possamos voltar a falar e por fim a este impasse, concedendo os reajustes que estão sendo propostos. Enquanto estiverem paralisados, não haverá reajuste”, completou o secretário.

As propostas a serem ratificadas para as categorias são:

* Escrivães e investigadores: 18% em 2011; 10% em 2012; 10% em 2013 e 10% em 2014.

* Meio Ambiente: técnico: 23% em 2011; 20% em 2012 e 16% em 2013. agente: 53% em 2011; 35% em 2012 e 26% em 2013.

* Detran: técnico e agente: 8% em 2011; 13,21% em 2012; 12,5% em 2013 e 12,5% em 2014.

O que as categorias estão exigindo:

* Escrivães e investigadores: 22% em 2011 e 38% em 2012.

* Meio Ambiente: técnico: 110% em 2011. agente: 133% em 2011.

* Detran: técnico: 37% em 2011 e agente: 92,71% em 2011 






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